Crítica | The Acolyte - Episódio 3

Divulgação | Disney+

TítuloThe Acolyte (Título original)
Ano produção2023
Dirigido porKogonada, Leslye Headland, Alex Garcia Lopes e Hanelle M. Culpepper
Estreia
04 de junho de 2024 (Mundial)
Duração 8 Episódios
Classificação14 - Não recomendado para menores de 14 anos
Gênero
Mistério - Ação - Aventura 
País de Origem
Estados Unidos 
Sinopse

A história gira em torno de uma série de assassinatos. Quem está a cargo da investigação é um respeitado mestre Jedi, Sol (Lee Jung-jae), que, no caminho, vai cruzar com uma antiga discípula, Mae (Amandla Stenberg), e enfrentar “forças sinistras”.

• Por Alisson Santos
• Avaliação - 3/10

Depois de muitas referências nos dois primeiros episódios aos eventos que moldaram a vida de Osha e Mae, o terceiro episódio de The Acolyte retorna 16 anos no passado para preencher os detalhes sobre o que exatamente aconteceu...quer dizer, mais ou menos. Porque mesmo que aprendamos alguns detalhes notáveis que explicam melhor o contexto do que ocorre no presente, ainda restam algumas grandes questões a serem respondidas e novas questões levantadas. A maneira como isso foi feito é frustrante, já que The Acolyte continua a misturar seu enredo com uma narrativa bastante confusa e eles cagam em cima da mitologia do George Lucas.

Primeiramente, será que realmente precisávamos dedicar um episódio inteiro à história de Mae e Osha, algo que provavelmente poderia ter sido feito em um flashback de 5 minutos? Existem apenas oito episódios nesta temporada, então com três já exibidos, restam apenas cinco. Não precisávamos desperdiçar um episódio inteiro com o passado, e esse episódio ainda não ser tão esclarecedor.

Assim, nos dois primeiros episódios, Mae quer se vingar dos quatro Jedi. Por que? Bem, eu pensei que eles mataram a família e a aldeia dela, o que foi insinuado. Faz sentido, pois foi por isso que aquele Jedi cometeu suicídio, certo? (o que não faz sentido, mas vamos fingir pelo bem dessa série). Os quatro Jedi devem ter feito algo terrivelmente errado. Uma atrocidade? Bem, acontece que, assim como nos dois primeiros episódios, os Jedi não fizeram nada. Eles simplesmente aparecem e pedem para testar as crianças. Então Mae aparentemente causa um incêndio e mata todo mundo. Agora, há uma reviravolta onde, quando o incêndio começou, os Jedi mataram todas as bruxas? Isso deixam em aberto, ou seja, você possui um episódio inteiro dedicado ao passado que não responde questões básicas.

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Mais existe uma cena especificamente ridícula nesse episódio, quando a bruxa assume o controle de um Padawan, seria a hora do sabre de luz? Não, isso não aconteceu. As bruxas não são usuárias do Lado Negro? A magia usada pelas Irmãs da Noite está conectada ao Lado Negro da Força, embora não esteja claro se o mesmo vale para essas Bruxas de Brendok, que não parecem tão ameaçadoras. No entanto, dado que nos dizem em um diálogo “alguns considerariam o nosso poder obscuro e antinatural”, é um indício nebuloso. Essa série é desconstrução total do significado "Jedi". E o enredo faz questão de jogar na cara do espectador o quanto os Jedi são inúteis. Observe como uma bruxa diz algo como: “Existem apenas quatro Jedi. Ninguém sentirá falta deles.” Sério? Apenas quatro Jedi? Você está brincando comigo? Os Jedi em The Acolyte não são Jedi, e The Acolyte não parece Star Wars.

Agora, em relação a cagar em George Lucas. O episódio revela que as duas bruxas usaram a Força para criar Mae e Osha. Também foi revelado que a "aspirante a Darth Maul" carregava as gêmeas no ventre, mas elas não se parecem em nada com ela e se parecem mais com a outra mãe que possivelmente não compartilha a genética com as meninas. O que Kathleen Kennedy e Leslye Headland fizeram aqui, foi reconfigurar Star Wars e tornar a história de George Lucas não mais relevante e especial. Anakin nasceu na Força sem pai e teve gêmeos com Padmé, Luke e Leia, que passaram a equilibrar a Força. Em The Acolyte, as bruxas têm gêmeas, uma obviamente do Lado Negro e o outro do Lado da Luz, então, em essência, eles são Anakin, Luke e Leia, todos agrupados no “poder de um”. Como o mesmo estúdio que me entregou Andor, consegue me presentear com essa atrocidade?

O terceiro episódio de The Acolyte, já está disponível no Disney+.

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