Crítica | Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes - Qualquer espectador que goste de fantasia, ou que esteja em busca de uma aventura leve, deve encontrar o suficiente para se divertir.

Divulgação | Paramount Pictures 

TítuloDungeons & Dragons: Honor Among Thieves (Título original)
Ano produção2021
Dirigido porJohn Francis Daley e Jonathan Goldstein
Estreia
13 de abril de 2023 (Brasil)
Duração 130 Minutos 
Classificação14 - Não recomendado para menores de 14 anos
Gênero
Aventura - Comédia  
País de Origem
Estados Unidos
Sinopse

Um ladrão e um bando de aventureiros embarcam em uma jornada épica para recuperar uma relíquia.

• Por Alisson Santos
• Avaliação - 6/10

A coisa mais impressionante sobre Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes é que ele consegue lidar com diferentes tons, indo do drama crível à comédia um tanto pastelão, e o tipo de equilíbrio que eu espero de uma história de fantasia medieval. No geral, porém, a experiência parece um tanto leve, como um "cospobre do Senhor dos Anéis" mais leve e menos épico. Certamente ajuda o fato de nosso bando de “heróis” ser formado por ladrões e criminosos – como protagonistas que vivem mais em tons de cinza, eles podem estrelar cenas tentando encontrar coragem ou se tornar verdadeiros heróis, em um mundo povoado por personagens ainda mais questionáveis ​​do que eles.

Eu gostei que quase todos os personagens principais tenham arcos de transformação muito claros. Isso torna mais satisfatório acompanhá-los ao longo da aventura e consegue cronometrar perfeitamente o clímax da história. Edgen (Chris Pine), por exemplo, tem que aprender a se livrar da memória de sua esposa, algo que é mostrado metaforicamente pela aparição ocasional de uma libélula azul. Enquanto isso, Simon (Justice Smith), o mago, precisa aprender a ser mais corajoso, tentando ignorar as vozes em sua cabeça que dizem que ele não é bom o suficiente. E Holga (Michelle Rodriguez) tem que superar o ex-marido, assim como o fato de ter sido expulsa de sua tribo por se apaixonar por alguém muito diferente dela.

Divulgação | Paramount Pictures 

Novamente, não é nada super original, mas é divertido assistir a um filme bem construído narrativamente mesmo com seus clichês, apesar de ter várias sequências de ação e efeitos especiais, não perde de vista seus personagens, e a forma como eles crescem e evoluem ao longo da aventura. Os elementos de fantasia devem agradar aos fãs da franquia e do gênero, mas o que acaba lembrando um são as interações entre os personagens, assim como os momentos mais engraçados do roteiro. Claro, Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes nunca se torna TÃO palhaço como algo como Thor: Amor e Trovão (Graças a Deus), conseguindo um equilíbrio melhor entre uma história que se leva a sério e o humor autodepreciativo. E essa talvez seja sua melhor ligação com o material original, porque todo RPG sabe que gafes e momentos embaraçosos são tão essenciais para sua campanha quanto feitiços e aventuras que começam com uma briga em uma taverna.

Por outro lado, a construção do mundo em que Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes ocorre poderia ser um pouco melhor. Alguns efeitos visuais não convencem, mas no geral, o que temos aqui é um filme visualmente bonito. Gostei particularmente da direção de arte - desde os aspectos visuais de uma cidade, que parece populosa e viva, até o covil de um dragão obeso, cheio de lava e todos os tipos de perigos. Também dignos de nota são os magos vermelhos - alguns seres “mortos-vivos” que protagonizam alguns momentos com uma temática voltada para o terror. E embora as batalhas não sejam particularmente espetaculares, elas são suficientemente bem dirigidas e coreografadas. Dessa forma, qualquer espectador que goste de fantasia, ou que esteja em busca de uma aventura leve, deve encontrar o suficiente para se divertir.

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