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| Divulgação | Marvel Studios |
| Título | Hawkeye (Título original) |
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| Ano produção | 2019 |
| Dirigido por | Bert, Bertie e Rhys Thomas |
| Estreia | 24 de dezembro de 2021 (Brasil) |
| Duração | 6 Episódios |
| Classificação | 14 - Não recomendado para menores de 14 anos |
| Gênero | |
| País de Origem | Estados Unidos |
Sinopse
Após anos dedicados ao seu alter ego de Gavião Arqueiro, Clint Barton (Jeremy Renner) agora precisa passar a tocha adiante. A escolhida para ocupar o posto de heroína é Kate Bishop (Hailee Steinfeld), uma arqueira de apenas 22 anos.
• Por Alisson Santos
• Episódio 1 - 8/10
• Episódio 2 - 7/10
A abertura de Gavião Arqueiro é genial; mostrando uma jovem Kate morando em um apartamento em Nova York com seus pais no meio da batalha do primeiro filme dos Vingadores. Ela vê um humano comum salvá-la e lutar contra Aliens com um arco e flecha e fica inspirada a fazer o mesmo. A perda de seu pai a motiva a tentar proteger as pessoas e ser como o herói que a salvou. Abrir a série com Kate Bishop ao invés de Clint foi uma jogada ousada que funcionou perfeitamente, nos dando uma perspectiva tão contrastante para Clint pouco antes de ver a realidade de sua vida.
Quando o primeiro episódio nos traz a Clint, ele só quer passar um tempo com sua família no Natal. Desde Vingadores: Era de Ultron, Clint tentou se aposentar e estar com sua família em todas as oportunidades. Ele sempre se apresentava às lutas porque precisava; nunca porque ele quis. A série dá a ele uma grande personalidade estabelecida com isso em mente. É uma pessoa excepcionalmente habilidosa, obrigada a lutar pelo bem maior. Ele é um super-herói e está sempre disposto a isso, mas prefere não ter nenhum status, fama. Para um personagem que foi um dos menos desenvolvidos dos seis Vingadores originais, é ótimo vê-lo receber essa atenção em uma série de 6 horas.
O maior apelo da série, para mim, são seus dois protagonistas. A série não tem uma liderança definitiva, pois Kate e Clint compartilham o mesmo tempo de tela com suas próprias histórias que se cruzam. Kate é uma adição fantástica, com uma atuação divertida e carismática da talentosa Hailee Steinfeld. A admiração de olhos arregalados da personagem por seu herói é contrastada pela falta de interesse de Clint em qualquer adoração que sua vida de super-herói lhe rendeu, é uma dinâmica que caracteriza ambos bem.
Enquanto Clint é um super-herói e um tanto entediado com isso, Kate aspira ser como ele. O herói que ela admira desde a infância é este farol de auto-realização e perseverança que inspira Kate a se empenhar nas mesmas habilidades. Este é um ângulo que adoro; mostrar que alguém que também não tem poderes vê isso e é motivado por isso, dá uma dimensão cativante às aparições do Gavião Arqueiro ao longo dos anos. Acho que sua influência sobre Kate será algo que o veremos se tornando cada vez mais consciente e potencialmente o ensinará que ser um Vingador é mais do que apenas um trabalho.
Embora minimamente abordada nesses primeiros episódios, a mentalidade pós-Ultimato de Clint é algo que espero ver mais na série. Ele começa a ter um ataque de pânico ao ver uma intérprete interpretando sua melhor amiga, a Viúva Negra. Então, uma garotinha com o cabelo igual ao de Natasha acena para ele e tudo fica demais. Apesar da série acontecer quase 2 anos após a morte dela, ela permaneceu com ele. Com o inevitável aparecimento da irmã adotiva de Natasha, Yelena, esse é um elemento intrigante que certamente será explorado com ainda mais profundidade no restante da série. Natasha se sacrificou para que Clint pudesse ter sua família de volta; então, como ele se sentiria sabendo que ela também tinha uma família ?
No geral, os dois primeiros episódios de Gavião Arqueiro pegou um personagem que sempre foi muito “ok” e fez tudo certo para torná-lo mais interessante. Junte isso a um fantástica personagem de quadrinhos interpretada por uma atriz igualmente fantástica e você terá uma divertida história de super-herói que não sabíamos que precisávamos.
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