Divulgação | Star+ |
Título | Shōgun (Título original) |
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Ano produção | 2023 |
Dirigido por | Van Tulleken, Frederick E.O. Toye, Takeshi Fukunaga, Hiromi Kamata e Charlotte Brändström |
Estreia | 27 de fevereiro de 2024 (Mundial) |
Duração | 10 Episódios |
Classificação | 16 - Não recomendado para menores de 16 anos |
Gênero | |
País de Origem | Japão e Estados Unidos |
Sinopse
Yoshii Toranaga, um poderoso bushō (senhor da guerra) de uma temida linhagem e lorde da extensa região de Kanto. Quando a história começa, ele está isolado e em desvantagem em relação a seus inimigos no Castelo de Osaka. Mas ninguém percebe que Toranaga é um brilhante estrategista e um mestre a longo prazo.
• Por Alisson Santos
• Avaliação - 9/10
Xógum: A Gloriosa Saga do Japão transportará os espectadores para um Japão do século XVII meticulosamente recriado, onde ambição, intriga se entrelaçam no cenário de uma nação à beira de uma mudança importante. Mas para os iniciantes compreenderem o conceito do nome da série, um Xógum era o posto militar mais alto no Japão feudal, exercendo considerável poder político e militar. O Xógum respondia diretamente ao imperador, comandando guerreiros samurais e supervisionando os assuntos do país durante o período do xogunato.
Em primeiro lugar, eu gostaria de destacar as qualidades técnicas da série. O design de produção e o figurino são assustadoramente perfeitos. Desde a imponente arquitetura dos castelos feudais até os delicados bordados de um quimono adornado com vibrantes flores de cerejeira, a série é um banquete nesses aspectos. Outros destaques ficam por conta da fotografia, com paisagens exuberantes, revelando montanhas cobertas de neve envoltas em névoa, florestas de bambu e arrozais repletos de vida. A trilha sonora, uma mistura perfeita de instrumentos tradicionais japoneses, como o Samisém e o koto, com floreios ocidentais, mergulha você ainda mais no mundo, criando o clima para momentos de serenidade e agitação.
Mas Xógum: A Gloriosa Saga do Japão vai além do mero espetáculo visual e auditivo. A série mergulha você no coração do Japão à beira de uma mudança importante. O período Sengoku, uma era brutal de clãs em guerra disputando o poder. Os senhores da guerra, como o ambicioso Toranaga (Hiroyuki Sanada), realizam movimentos estratégicos, forjando alianças e traindo rivais em um implacável jogo de tronos. O contexto histórico, bem entrelaçado na narrativa, eleva o drama além do mero entretenimento. Testemunhamos a ascensão do xogunato, um momento crucial na história japonesa que inaugurou uma era de estabilidade e isolacionismo.
A crescente influência dos missionários jesuítas, os seus confrontos culturais com a ordem budista e as tensões latentes entre os diferentes clãs contribuem para as ações e motivações dos personagens. A série não hesita em explorar os aspectos mais sombrios deste período histórico, demonstrando a brutalidade da guerra, as estruturas sociais rígidas e as tensões religiosas latentes que ameaçavam despedaçar a nação.
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O elenco costuma ser a força vital de qualquer adaptação, e Xógum se destaca nesse aspecto crucial. Cosmo Jarvis, que você deve ter visto na adaptação de Persuasão de 2022, encarna o impetuoso e engenhoso John Blackthorne com convicção. Sua arrogância e ingenuidade iniciais evoluí gradualmente a uma compreensão mais profunda da cultura japonesa e das complexidades do cenário político. Já Hiroyuki Sanada, é o Toranaga perfeito, oferece uma atuação diferenciada como um senhor da guerra sedento de poder e implacável, mas honrado. Seu retrato é dividido em camadas, mostrando a ambição, a crueldade e os momentos de surpreendente vulnerabilidade. Enquanto isso, Anna Sawai brilha como Mariko, seu retrato irradia força e vulnerabilidade em perfeito equilíbrio. Também há muitos talentos no elenco geral, e eles contribuem muito para dar vida aos personagens de James Clavell com profundidade.
Nesses primeiros episódios, a história se desenrola em um ritmo médio, permitindo que os espectadores mergulhem nas maquinações políticas e nuances culturais. Embora alguns possam desejar uma narrativa mais rápida, a abordagem deliberada permite uma exploração mais rica dos personagens e de suas motivações. Esse desenvolvimento paciente permite que o peso emocional da história aumente, culminando em momentos de tensão genuína.
Em última análise, os dois episódios iniciais abordam com maestria o choque de culturas entre o Japão e os países europeus. Tecendo meticulosamente a trama, assim como seu material de origem. A série constrói sua narrativa central, estendo-se a nuances culturais, testemunhamos a beleza e a arte e, francamente, a singularidade da vida japonesa, enquanto enfrentamos as duras realidades da sociedade feudal, onde a honra e o dever muitas vezes têm um preço brutal.
Xógum: A Gloriosa Saga do Japão estreia dia 27 de fevereiro no Disney+ e no Star+.
Eu nunca fiquei tão ansioso para uma série.
ResponderExcluirQuero muito ver. Bela crítica, Alisson.
ResponderExcluirO marketing dessa série é muito agressivo.
ResponderExcluirTomara que seja melhor do que o filme.
ResponderExcluirBelo e moral!
ResponderExcluirO livro foi uma das melhores leituras da minha vida. Espero que a série consiga captar a essência que o filme não conseguiu.
ResponderExcluirEstou lendo o livro pela terceira vez. É demais!!!!!
ResponderExcluirUm dos melhores livros que já li. História maravilhosa, um mergulho na cultura japonesa. As duas continuações também são excelentes. Tomara que a série faça jus.
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