Crítica | Eco - É profundamente frustrante, uma série com boas intenções e pouca mira.

Divulgação | Disney+

TítuloEcho (Título original)
Ano produção2022
Dirigido porAshley C. Bradley
Estreia
09 de janeiro de 2024 (Mundial)
Duração 5 Episódios
Classificação16 - Não recomendado para menores de 16 anos
Gênero
Ação - Drama 
País de Origem
Estados Unidos 
Sinopse

Situada após os eventos da série Gavião Arqueiro (2021), a trama gira em torno de Maya Lopez (Alaqua Cox) e a origem da jovem, que depois de seu comportamento implacável em Nova York, acaba retornando à sua cidade natal em Oklahoma para fugir do império criminoso de Wilson Fisk.

• Por Alisson Santos
• Avaliação - 5/10

Eco serve para desenvolver Maya Lopez (Alaqua Cox) após os eventos de Gavião Arqueiro. Quando ela acaba sendo caçada pelo império criminoso de Wilson Fisk (Vincent D'Onofrio), ela precisa voltar para casa. Lá, Maya confronta sua família e seu legado, descobrindo quem ela é no processo.

Eco sofre de problemas semelhantes ao de outra título vendido como “maduro” da Disney, Cavaleiro da Lua. Ela sofre de um ritmo frio que não compensa quando a ação começa. Como gênero, a ação tem muito poder. Quando feitos corretamente, o ritmo, o enquadramento e a atuação física podem contar histórias inteiras. No ano passado, vimos isso com filmes como John Wick 4: Baba Yaga e Sisu. Na verdade, Eco possui até uma ação bem coreografada, mas você não sente o impacto dos embates. Isso faz com que tudo pareça vazio. Só porque uma série é supostamente madura e violenta não significa que seja realmente atraente.

O roteiro é uma verdadeira concha de retalhos, e isso fica evidente nos episódios iniciais. Só o segundo episódio tem sete créditos para roteiristas. É um sinal de quantas vezes Eco foi reescrita. Também foi reeditada várias vezes – cada episódio tem três editores, e apenas dois deles são constantes. Dito isso, é um verdadeiro milagre essa série ser lançada.

Divulgação | Disney+

Eco está no seu melhor quando se concentra em ser uma história de origem de Maya Lopez. A indigeneidade de Maya é fundamental para quem ela é, para as escolhas que faz e para o caminho que segue. Não há como separá-la de sua herança, e isso compensa muito. Os episódios de Eco são dirigidos por Sydney Freeland e Catriona McKenzie, ambas diretoras indígenas de ascendência Navajo e Gunaikurnai, respectivamente. O envolvimento delas ajuda muito a tornar sua identidade autêntica.

A jornada de Maya pede que ela se lembre do passado, abrace-o e aceite quem ela é por causa de sua família. Dessa forma, Eco é um drama familiar melhor do que uma história de ação. Enquanto isso, o marketing da série empurrou o fato de que ela era uma série adulta. Mas, ao fazer isso, o marketing falhou no impacto real de Eco.

Dito isto, Eco é profundamente frustrante, uma série com boas intenções e pouca mira. Apresentando forte representação indígena, é bem-intencionado ao contar histórias de redenção e pessoas danificadas que se perderam e precisam retornar à luz. A série também tenta considerar o poder reconfortante da comunidade e também as feridas emocionais não curadas. Infelizmente, Eco é principalmente superficial no que poderia ser uma rica textura emocional, raramente sabendo como contar suas histórias de maneira única e tornar seus personagens secundários interessantes.

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