Crítica | Wish: O Poder dos Desejos - O que distingue o filme é seu visual, que combina elementos de clássicos da Disney com o 3D de sucessos mais recentes, como Frozen, e suas canções.

Divulgação | Disney Animation Studios

TítuloWish (Título original)
Ano produção2022
Dirigido porChris Buck
Estreia
04 de janeiro de 2024 (Brasil)
Duração 95 Minutos
ClassificaçãoL - Livre para todos os públicos 
Gênero
Animação - Musical - Aventura 
País de Origem
Estados Unidos 
Sinopse

Acompanha uma jovem sonhadora que tem seu desejo atendido por uma força cósmica chamada Estrela. Juntas, elas precisam enfrentar o autoritário Rei Magnífico para salvar sua comunidade.

• Por Alisson Santos
• Avaliação - 6/10

Fica claro desde o início que, embora seja uma história nova, Wish: O Poder dos Desejos é também uma tentativa de reunir elementos de mais de uma dúzia de filmes clássicos da Disney em um só lugar: desejos para estrelas, monarcas malvados, adoráveis criaturas da floresta que falam, livros místicos, uma brincadeira com "espelho, espelho meu” e muitas outras referências. É literalmente, um bom filme para comemorar os 100 anos do estúdio.

No filme acompanhamos Asha, uma adolescente em uma terra governada pelo Rei Magnífico, conhecido por sua habilidade de realizar desejos. No início do filme, Asha percebe que o rei realmente usa esse poder para manter as pessoas dóceis e que, na verdade, ele mantém o poder roubando os desejos de seus súditos. É uma premissa bem simples de revolução, um povo enganado em acreditar que seu outrora benevolente rei ainda tem seus interesses em mente, apesar de ser vítima do ego e da avareza, deve se levantar para derrotá-lo, seguindo a única pessoa capaz de ver através do engano por causa de seu coração altruísta.

Divulgação | Disney Animation Studios 

À medida que se acumulam referências, Wish: O Poder dos Desejos às vezes não parece um filme original. Na minha visão, isso é um grande problema, porque por muitas vezes falta um aprofundamento no desenvolvimento da própria Asha e das suas inseguranças para torná-la uma personagem memorável. Obviamente, eu sei que os filmes da Disney Animation Studios são mais infantis e simplista, mas isso não pode ser usado como muletas para um estúdio que já entregou Moana. Na mesma linha, a "Estrela" e o bode "Valentino" não poderiam ser uma tentativa mais óbvia de gerar uma vaca-leiteira de produtos, mas ao contrário de Asha, são personagens adoráveis e cativantes.

O que distingue o filme é seu visual, que combina elementos de clássicos da Disney com o 3D de sucessos mais recentes, como Frozen, e suas canções. As músicas, em sua maioria cantadas por Ariana DeBose de Amor, Sublime Amor (2021), são incríveis. Uma música ruim pode arruinar completamente uma animação da Disney, mas os números de Wish dão ao filme um grande impulso, ao mesmo tempo que levam adiante o ímpeto narrativo. Você provavelmente pode adivinhar como as coisas acontecem em Wish: O Poder dos Desejos; uma coisa sobre montar um novo filme a partir de partes de filmes antigos é que será difícil nos surpreender. Mas funcionou — pelo menos para mim — porque a nostalgia é o ponto central do filme.

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