Crítica | As Marvels - É só mais um filme da Marvel, onde sua cena pós-créditos será mais comentada do que o próprio filme.

Divulgação | Marvel Studios

TítuloThe Marvels (Título original)
Ano produção2022
Dirigido porNia DaCosta
Estreia
09 de novembro de 2023 (Brasil)
Duração 107 Minutos
Classificação12 - Não recomendado para menores de 12 anos
Gênero
Ação - Aventura - Ficção Científica
País de Origem
Estados Unidos
Sinopse

Carol Danvers mistura seus poderes com os de Kamala Khan e Monica Rambeau, forçando-as a trabalhar juntas para salvar o universo.

• Por Alisson Santos
• Avaliação - 5/10

O filme começa um pouco antes dos acontecimentos do último episódio de Miss Marvel, a líder Kree, Dar-Benn (Zawe Ashton), está em busca de um par de braceletes, um dos quais está no pulso de Kamala Kahn (Iman Vellani). O plano da vilã é restaurar Hala, o lar dos Kree, que entrou em colapso após a destruição da Inteligência Suprema pela Capitã Marvel. A partir de alguns acontecimentos, os poderes de Capitã Marvel, Miss Marvel e Mônica Rambeau se entrelaçam com elas trocando de lugar sempre que usam suas habilidades ao mesmo tempo. As Marvels evita o tom sério para se mover num terreno que sobrevoa a comédia, o drama e ação com superficialidade, mas nunca encontra o seu tom ideal.

Claramente, As Marvels pretendia ser algum tipo de filme emocional com esse reencontro de Capitã Marvel e Mônica Rambeau interligando com os acontecimentos do último ato. Mas em termos práticos, isso se traduz em cenas de luta, seguidas de cenas de humor, seguidas por ainda mais cenas de luta, um performance musical terrível no meio de tudo isso, seguidas por algum encontro forçado em que os personagens falam sobre seus sentimentos profundos e esperam que o público se importe. Simplificando, o filme é uma mistura desequilibrada de gêneros.

Divulgação | Marvel Studios 

O que fica claro ao assistir As Marvels é que o filme foi fortemente picotado na pós-produção, é visível e incômodo para quem assistir. Além disso, porém, o filme é muito parecido com o que foi feito antes. A vilã de Zawe Ashton é totalmente subutilizada, sua motivação é até aceitável, mas o seu desenvolvimento no último ato é ridículo. Brie Larson, por sua vez, está atuando no piloto automático. Teyonah Parris está dando o seu melhor, mas há um desinteresse do roteiro por sua personagem. A única que realmente parece estar se divertindo e quer estar lá é Iman Vellani, que não está apenas interpretando uma super-heroína fã da Capitã Marvel, mas também uma verdadeira fã da Marvel na vida real. Ela esbanja carisma e carrega o humor do filme nas costas. É um dos melhores cast de uma personagem do UCM. 

Sem dúvida, As Marvels é um sintoma de um problema mais amplo. O Universo Cinematográfico da Marvel agora está em colapso, produzindo a mesma coisa repetidamente com pouca engenhosidade. Mesmo quando a Marvel estava no seu apogeu cultural, há alguns anos, isso ainda era um problema - mas havia diretores dispostos e capazes de lidar com o maquinário para fazer algo além do mero conteúdo copia e cola. A trilogia dos Guardiões da Galáxia de James Gunn e Pantera Negra de Ryan Coogler conseguiram criar algo especial, então o que aconteceu aqui ? Se o Universo Cinematográfico da Marvel quiser se sustentar, terá que superar sua fórmula atual e começar a correr alguns riscos do que apenas agradar sua base de fãs com provocações futuras. As Marvels é só mais um filme da Marvel, onde sua cena pós-créditos será mais comentada do que o próprio filme.

Comentários

  1. Eu concordo com cada palavra.

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  2. Muito ruim, pô. Aquela cena musical quase me fez sair da sala.

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  3. Gabriela Sadomassi13 novembro, 2023 01:30

    Posso resumir esse filme em uma frase: divertidinho!

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