Crítica | Loki (2° Temporada) - Episódio 3

Divulgação | Disney+

TítuloLoki (Original)
Ano produção2022
Dirigido porJustin Benson e Aaron Moorhead
Estreia
05 de outubro 2023 (Mundial)
Duração6 episódios
Classificação14 - Não recomendado para menores de 14 anos
Gênero
Ação - Fantasia - Ficção Científica
País de Origem
Estados Unidos
Sinopse

Na segunda temporada, Loki precisa lidar com os deslizes temporais que o fazem viajar involuntariamente entre o passado e o presente, consequência do caos deixado por Sylvie (Sophia Di Martino) no multiverso no final da primeira etapa da série.

• Por Alisson Santos
• Avaliação - 7/10

Após os eventos do Episódio 2, onde Loki (Tom Hiddleston) e Mobius (Owen Wilson) não conseguem impedir a destruição de linhas do tempo, os dois viajam ainda mais para o passado. Viajando para 1983, os dois buscam uma versão variante de Aquele que Permanece, a fim de impedi-lo de ser corrompido enquanto Sylvie (Sophia Di Martino) luta contra eles, acreditando que a única maneira de anular a ameaça é matá-lo.

A melhor e mais importante parte desta série é Loki e seu relacionamento com as pessoas ao seu redor, principalmente Mobius. O episódio 3 parece esquecer isso à medida que mergulhamos no que faz essa variante do Kang se transformar no monstro que o conhecemos. Nesta linha do tempo, encontrada por Senhorita Minutos e Ravonna, ele é um homem da ciência, desconfiado daqueles ao seu redor. É por isso que todos estão ansiosos para encontrá-lo, embora Ravonna e Senhorita Minutos sejam as mais bem-sucedidas. Loki e Mobius têm que lutar contra a lógica no melhor estilo Scooby-Doo enquanto perdem literalmente de vista seu objetivo junto com as contínuas interrupções de Syvlie.

Os cenários e o figurinos são bem construídos e lindamente representados, mesmo que as cenas posteriores sejam novamente vítimas da incapacidade de um trabalho de iluminação adequado, com os detalhes mergulhados na escuridão. Porém, o início permite a ludicidade no vestuário e também no diálogo. Uma sequência de destaque ocorre quando Loki e Mobius encontram estátuas de lendas da mitologia nórdica, com Thor, Odin e Baldur. Loki fica frustrado com sua exclusão, enquanto Mobius, um pouco confuso, menciona que às vezes esquece que Loki é um deles. É uso inteligente do metahumor, considerando o roteiro, que também tende a esquecer as habilidades divinas nos momentos em que seriam úteis.

Divulgação | Disney+

A parte mais forte do episódio é quando ele entra diretamente em um território maluco, especialmente com a participação de Senhorita Minutos, que pode ser uma das criações originais mais interessantes do UCM. Sinistra, mas simplificada, a personagem é espetacular. Não é só que Senhorita Minutos acredita em Aquele que Permanece, ou que ela quer um pouco do poder que ele detém devido à ajuda que ela lhe deu. É que esta inteligência artificial, está apaixonada por ele. 

Mas não importa os momentos mais fortes narrativamente e os momentos impulsionados pelos personagens, tudo fica muito atolado em Jonathan Majors, cujos tiques de atuação são afetados por um desespero de ser visto como um ator dramático e sério. O resultado é uma atuação insuportável com tiques tão incisivos que podemos praticamente ver o processo de pensamento diante deles. Seria menos flagrante se o episódio passasse menos tempo com ele, mas seu personagem é a força dominante.

O grande ponto positivo, é que o momento final do episódio impulsiona a narrativa e a construção do mundo. No entanto, o episódio 3 da segunda temporada de Loki é o mais fraco até agora, mas pelo menos provoca mistérios maiores para o resto da temporada, à medida que os personagens mudam e brincam com suas alianças existentes.

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