Crítica | Five Nights at Freddy's: O Pesadelo Sem Fim - No momento em que você adivinha o restante da trama do filme, 30 minutos após o início, tudo o que resta a fazer é vê-lo afundar.

Divulgação | Universal Pictures

TítuloFive Nights at Freddys (Título original)
Ano produção2022
Dirigido porEmma Tammi
Estreia
26 de outubro de 2023 (Brasil)
Duração 105 Minutos
Classificação14 - Não recomendado para menores de 14 anos
Gênero
Terror 
País de Origem
Estados Unidos 
Sinopse

Enquanto passa sua primeira noite no trabalho, um problemático guarda de segurança da Pizzaria Freddy Fazbear logo percebe que não será uma tarefa fácil sobreviver ao seu primeiro turno.

• Por Alisson Santos
• Avaliação - 4/10

Mike (Josh Hutcherson) cria sua irmã mais nova, Abby (Piper Rubio), sozinho e pode perder a custódia dela para sua tia, Jane (Mary Stuart Masterson). Depois de perder seu emprego como segurança em um shopping, ele encontra um novo emprego como segurança noturno na Pizzaria Freddy Fazbear. Mal sabe ele que os mascotes animatrônicos do local, Freddy Fazbear, Bonnie, Chica e Foxy estão possuídos. 

Eu vou ser sincero, eu consegui captar todo o plot do filme no primeiro ato. O roteiro de Emma Tammi e seus co-roteiristas, Scott Cawthon e Seth Cuddeback, sofre de quase todas as doenças que um roteiro ruim possa sofrer. É preguiçoso, superficial, sem graça e estúpido. O prólogo oferece uma pequena amostra dos elementos de terror que virão antes do filme apresentar Mike, que ainda está traumatizado pelo desaparecimento de seu irmão, que foi sequestrado durante sua infância. A trama leva muito tempo para chegar ao cerne da história, que são os animatrônicos. Até então, há muita drama familiar, sequências de sonhos e flashbacks. Esse tipo de previsibilidade narrativa é repetidamente usada ao longo do tempo de execução aparentemente interminável de Five Nights at Freddy’s: O Pesadelo Sem Fim, pelo menos faz jus ao subtítulo. Os diálogos monótonos que não levam a lugar nenhum, deixam claro que os roteiristas estavam mais preocupados com onde inserir suas tentativas frustradas de jumpscare. Embora os próprios jogos tenham se tornado populares por causa desse tipo de tática, o truque envelhece rapidamente quando não é o público que experimenta o terror em primeira mão. Sem que o espectador desempenhe o papel do próprio Mike - alternando entre os controles para manter os animatrônicos assassinos longe do escritório de segurança - Five Nights at Freddy’s: O Pesadelo Sem Fim perde o único aparato que os jogos tinham para ocasionar qualquer medo.  

Divulgação | Universal Pictures

Josh Hutcherson faz o possível para tentar entregar uma atuação decente. Para ser justo, porém, ele é prejudicado pelo roteiro e pelos diálogos expositivos. Por causa da classificação indicativa, grande parte da violência permanece fora da tela. Talvez haja uma versão que ofereça mais elementos de terror com mais sangue e coragem. Existem problemas significativos de ritmo principalmente nas sequências dos sonhos de Mike. Há, no entanto, coisas positivas por trás de toda essa inanidade. O filme é um tanto agradável de se ver, existe um bom trabalho de fotografia e montagem. E sim, Five Nights at Freddy’s: O Pesadelo Sem Fim é feito para os fãs, o filme faz até uso de algumas teorias como parte do seu enredo. Se você é um deles, provavelmente gostará da experiência nostálgica de ver uma franquia amada em forma de filme, independentemente do desequilíbrio tonal e do quanto ridículo e burro é o longa. Mas nem mesmo esses pontos positivos são capazes de impulsionar um filme que partiu do território da mediocridade. No momento em que você adivinha o restante da trama do filme, 30 minutos após o início, tudo o que resta a fazer é vê-lo afundar.

Comentários

  1. Eu como fã gostei, mas realmente se você for avaliar de uma forma mais crua é um filme fraco.

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