Crítica | Ninguém Vai te Salvar - Faz um excelente trabalho ao criar tensão e uma sensação de pavor por meio da interpretação de Kaitlyn Dever. Mas...

Divulgação | Star+
TítuloNo One Will Save You (Título original)
Ano produção2022
Dirigido porBrian Duffield
Estreia
22 de setembro de 2023 (Star+)
Duração 93 Minutos
Classificação12 - Não recomendado para menores de 12 anos
Gênero
Ficção Científica - Suspense
País de Origem
Estados Unidos
Sinopse

Ninguém Vai Te Salvar segue a jornada da jovem Brynn Adams, que se sente um tanto alienada de sua própria comunidade. Vivendo sozinha em sua casa de infância, uma noite ela é surpreendida por barulhos estranhos de intrusos inesperados.

• Por Alisson Santos
• Avaliação - 6/10

A direção de som em um filme é, sem dúvida, um aspecto integrante de qualquer boa mídia. No entanto, Ninguém Vai te Salvar é a exceção a essa regra, já que o filme alienígena de Brian Duffield, durante a maior parte de seus 90 minutos de duração, raramente apresenta personagens que falam, muito menos encadeiam frases. 

O público é apresentado a uma jovem chamada Brynn (Kaitlyn Dever), que mora sozinha em uma grande casa antiga em uma propriedade isolada em uma cidade dos Estados Unidos pouco descritiva. O local lembra muito Sinais e Interestelar, tornando-se o cenário ideal para um filme de invasão alienígena. Brynn é uma espécie de pária social, o que resulta em seu estilo de vida solitário e recluso, ao mesmo tempo que dá ao roteirista e diretor Brian Duffield os meios para criar uma história que não depende de diálogo para ser eficaz em transmitir uma sensação de pavor e desespero.

Como o nome pode sugerir, Ninguém Vai te Salvar retrata Brynn como alguém estranhamente detestada socialmente, o que, em última análise, parece uma estratégia para brincar com os sentimentos associados à alienação enquanto mostra seres literais de outro mundo invadindo sua pequena cidade, o que, para mim, pareceu tão um pouco brega. Ainda assim, é uma boa mensagem para um filme voltado para o público cada vez mais carente de convívio social. O filme também é uma metáfora sobre o luto, cedendo em pequenas porções informações sobre nossa personagem principal.

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Os próprios alienígenas em Ninguém Vai te Salvar são os típicos cinzas, criaturas bípedes e com olhos amendoados, dedos ossudos em forma de garras e pernas que mais parecem mãos, o que adiciona um pouco de tempero ao modelo padrão e clichê. Mais tarde, o longa brinca mais com esse design e oferece novos visuais que ajudam a manter as coisas imprevisíveis, sem nunca se afastar muito da estética estabelecida. Em termos de CGI, no entanto, Ninguém Vai te Salvar é um meio-termo, com a maioria das criaturas parecendo muito boas à distância, mas desmoronando em alguns dos ângulos mais íntimos, o que acaba prejudicando essa atmosfera de luz sobre terror do desconhecido. Ainda assim, para um filme com baixo orçamento, é aceitável.

Em última análise, Ninguém Vai te Salvar faz um excelente trabalho ao criar tensão e uma sensação de pavor. Isso é feito principalmente por meio da interpretação de Kaitlyn Dever, que, apesar de não ter nenhuma linha de diálogo, vende a personagem graças à sua coreografia física e expressiva. Mas Infelizmente, o filme se entende mais do que o necessário, principalmente durante o segundo ato, onde se jogava ao acaso para mover as coisas sem qualquer progresso real para a história geral. Pior ainda é a mensagem final de Ninguém Vai te Salvar, que, embora poderosa, parecia imerecida e aleatória e apenas colocada ali para fazer o filme parecer mais profundo do que realmente é.

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