Crítica | Ahsoka - Episódio 6

Divulgação | Disney+

Título	Ahsoka (Original)
Ano produção	2022
Dirigido por	Dave Filoni
Estreia	22 de agosto 2023 (Mundial)
Duração	8 episódios
Classificação	14 - Não recomendado para menores de 14 anos
Gênero	Ação - Suspense - Ficção Científica
País de Origem	Estados Unidos

Sinopse

Ahsoka Tano (Rosario Dawson) está à caça do malvado Grande Almirante Thrawn na esperança de que isso a ajude a localizar o desaparecido Ezra Bridger, o jovem Jedi que desapareceu com Thrawn há muitos anos.

• Por Alisson Santos

• Avaliação - 8/10

O sexto episódio de Ahsoka é dirigido pela estreante em Star Wars Jennifer Getzinger (Westworld). Minhas expectativas para este episódio incluíam que Ahsoka e Huyang mal apareceriam nele e, embora eu estivesse certo, o sexto episódio começa com uma troca muito necessária entre os dois sobre a decisão de Sabine de sair com seus inimigos e colocar Ezra acima de sua maior responsabilidade de proteger a galáxia do retorno de Thrawn.

É também um criador de clima perfeito para o tom e as qualidades de conto deste episódio, com Huyang trazendo à tona as histórias antigas que ele costumava narrar aos Jedi mais jovens por muitas gerações. É aqui que, pela primeira vez, Star Wars fala sobre si mesmo de uma forma deliciosamente metalinguística: "Há muito tempo, em uma galáxia muito, muito distante..."

E partimos para outra galáxia, uma nova que pode estar cheia de possibilidades, embora o plano atual seja fazer uma parada rápida, pegar Thrawn e seus aliados e retornar à galáxia em que passamos tanto tempo. Pelo menos é isso que os vilões querem. Para Sabine, entretanto, o Olho de Sion de Morgan Elsbeth é seu bilhete de ouro para encontrar Ezra, mesmo que isso signifique não poder voltar para casa. Já vimos esse tipo de obsessão antes, e faz sentido que Ahsoka esteja preocupada com o futuro pouco ortodoxo de seu Padawan.

Outra coisa interessante desse episódio é a inclusão de três Bruxas de Dathomir. Embora pareça que Morgan Elsbeth é um aliada genuína de Thrawn e uma crente no poder do Império que ele pode recriar, a possibilidade de adquirir conhecimentos mais antigos das bruxas que vivem em outra galáxia e compartilham uma ancestralidade poderosa com ela, faz a personagem se balançar nessa linha tênue de fidelidade e traição. Existem recompensas potenciais para todos os envolvidos nesta missão arriscada rumo ao desconhecido, e é hora de começarmos a aprender sobre o que todos procuram.

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Baylan Skoll, de Ray Stevenson, continua sendo um dos vilões de Star Wars mais fascinantes que já tivemos, enquanto ele compartilha mais de seus pensamentos e esperanças com sua Padawan. Enquanto Shin começa a duvidar do lugar deles nesta história, Baylan parece convencido de que poderia mudar a maneira como as coisas aconteceram durante séculos se conseguir encontrar algo misterioso em Peridea. Assim como outros Jedi caídos que se afastaram da luz, ele foi alimentado com velhas lendas e histórias que não deveriam ser levadas ao pé da letra. Huyang é parcialmente responsável por isso?

O retorno do Grande Almirante Thrawn é nada menos que majestoso, já que seu antigo destruidor estelar Imperial, o Quimera, está de volta e paira bem sobre a torre onde seus servos esperavam por sua chegada. O novo exército pessoal de Thrawn parece fantástico e ameaçador, que é exatamente o que a série e os planos maiores da era Dave Filoni precisavam para criar entusiasmo para o filme evento que surge no horizonte. 

Os acontecimentos seguintes do episódio traz de volta um pouco da sensibilidade ocidental vista em The Mandalorian, com Sabine vagando por planícies rochosas que são tão hostis quanto parecem. Em um episódio que parece implacavelmente sombrio e agourento com toda a conversa assustadora sobre os "fios do destino", a breve, mas fofa, ida e volta entre Sabine e sua montaria até o encontro com Ezra, é uma pausa bem-vinda.

Em última análise, o sexto episódio de Ahsoka retorna às suas raízes mais fantásticas e recaptura as qualidades de fábula que tornaram os filmes da trilogia original ao mesmo tempo refrescantes e familiares. Neste ponto, a mitologia cinematográfico de Star Wars que todos conhecemos e amamos está quase esgotada, então faz sentido finalmente expandi-la com aspectos de outras mídias.