Crítica | Ahsoka - Episódio 5

Divulgação | Disney+

TítuloAhsoka (Original)
Ano produção2022
Dirigido porDave Filoni 
Estreia
22 de agosto 2023 (Mundial)
Duração8 episódios
Classificação14 - Não recomendado para menores de 14 anos
Gênero
Ação - Suspense - Ficção Científica
País de Origem
Estados Unidos
Sinopse

Ahsoka Tano (Rosario Dawson) está à caça do malvado Grande Almirante Thrawn na esperança de que isso a ajude a localizar o desaparecido Ezra Bridger, o jovem Jedi que desapareceu com Thrawn há muitos anos.

• Por Alisson Santos
• Avaliação - 9/10

Dave Filoni claramente sonhava em fazer esse episódio de Ahsoka há algum tempo. O quinto episódio faz pleno uso do retorno de Hayden Christensen como Anakin Skywalker e oferece um tsunami de referências. É uma verdadeira carta de amor a Star Wars: A Guerra dos Clones que deu início à carreira dele e de Ahsoka Tano, e a maneira como essas sequências exploram os traumas psicológicos de Ahsoka também é realizado com maestria.

O quinto episódio limita-se a dois locais: a busca de Hera por Ahsoka e o paradeiro de Sabine em Seatos e as interações de Ahsoka com Anakin no Mundo Entre Mundos. O primeiro é bastante útil, apresentando mais conversas entre Hera e o Capitão Carson Teva (Paul Sun-Hyung Lee) e estabelecendo as habilidades da Força de seu filho Jacen Syndulla. Mas as cenas de Anakin e Ahsoka são as mais cativantes. Esta é a primeira vez que o público vê seu relacionamento se desenrolar em live-action, e está claro que Ahsoka tem assuntos inacabados para resolver. Não apenas toda a coisa de “Darth Vader/Ordem 66” e o legado sangrento de seu Mestre, mas sua própria frustração por ter sido criada literalmente como uma criança/soldado – uma característica que persistiu ao longo da vida de Ahsoka, desde servir nas Guerras Clônicas até sua culpa por deixar a Ordem Jedi, servir a Rebelião e agora seu desejo de impedir o retorno de Thrawn com medo de que isso desencadeie outra guerra.

As melhores partes deste episódio são os flashbacks das Guerras Clônicas, revertendo Ahsoka ao seu estado adolescente (interpretada por Ariana Greenblatt de Barbie). Dividido entre o que parece ser a Batalha de Ryloth da 1° temporada de Star Wars: A Guerra dos Clones e o Cerco de Mandalore da 7° temporada, os cenários limitados são quase psicodélicos, implementando fumaça e cores distorcidas para manter as memórias de Ahsoka como um sonho. O design de produção desse episódio é invejável.

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Em seu tempo limitado na tela, Ariana Greenblatt faz um bom trabalho canalizando a versão mais jovem e agressiva de Ahsoka. Suas discussões melancólicas e de humor seco com Christensen lembram aqueles primeiros episódios das Guerra dos Clones, onde Anakin e seu Padawan ainda estavam superando as dores do crescimento, ambos entre si e com um fandom ainda se acostumando com a existência de Ahsoka. 

Os visuais impressionantes e as partituras musicais também conferem ao quinto episódio sua seriedade emocional. Particularmente durante os duelos de sabres de luz de Anakin e Ahsoka, que variam de intensos a totalmente desanimadores enquanto Ahsoka luta contra seu homólogo mais intenso de Darth Vader. Tudo faz parte da lição “Viva ou Morra” de Anakin, forçando Ahsoka a reconhecer que ele ainda faz parte dela, mas ela não deve se preocupar com a culpa do passado ou viver com medo de se tornar como Anakin. É uma maneira bastante inteligente e sutil de explorar as inseguranças de Ahsoka – provocadas desde sua estreia em The Mandalorian – e um reconhecimento de quanto a ex-Jedi ainda precisa aprender, apesar de tudo o que conquistou desde que deixou a Ordem.

O resto do episódio é menos surreal do que as recriações das Guerras Clônicas, mas os heróis finalmente entram no caminho certo. Usar uma variação dos poderes de psicometria de Cal Kestis permite que Ahsoka sinta o que aconteceu com Sabine por meio dos Ecos de Força do mapa Thrawn e trace um curso até sua localização: pegando carona, ou melhor, dentro de uma de um Purrgil. É mais um daqueles momentos que lembra aos fãs que Star Wars pode ser deliciosamente estranho, mas ao mesmo tempo inspirador.

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