Crítica | As Tartarugas Ninja: Caos Mutante - É um filme que opta por esse espírito juvenil, tentando evitar ao máximo um tom muito sombrio ou uma narrativa complicada.

Divulgação | Paramount Pictures
TítuloTeenage Mutant Ninja Turtles: Mutant Mayhem (Título original)
Ano produção2021
Dirigido por Jeff Rowe
Estreia
31 de agosto de 2023 (Brasil)
Duração 99 Minutos
Classificação10 - Não recomendado para menores de 10 anos
Gênero
Animação - Comédia 
País de Origem
Estados Unidos
Sinopse

Após anos se escondendo dos humanos, os irmãos mutantes decidem fazer atos heróicos para tentar conquistar os corações dos nova-iorquinos e serem aceitos como adolescentes normais. Com a ajuda de um novo amigo, April O’Neil, eles enfrentarão um misterioso sindicato do crime, mas a situação logo se complica quando eles libertam um exército de mutantes.

• Por Alisson Santos
• Avaliação - 7/10

Como filho dos anos 90, minha infância foi marcada por muitos desenhos animados. A partir disso assisti vários episódios da série animada das Tartarugas Ninja (1987), e embora nunca tenha sido um dos maiores fãs de Leonardo, Rafael, Donatello e Michelangelo, vibrei como milhares de meninos e meninas com suas aventuras contra Destruidor, Bebop, Rocksteady e outros inimigos. Embora as Tartarugas Ninja nunca tenham desaparecido - elas ainda são, na verdade, uma propriedade intelectual tentando alcançar maior relevância no mundo atual. As Tartarugas Ninja: Caos Mutante já vinha me chamando a atenção pelo seu estilo visual particular, mas que esconde algo melhor: a capacidade de despertar a minha criança interior, e provavelmente também de captar as novas gerações.

A começar pelas próprias tartarugas, que exibem com orgulho sua juventude como quatro adolescentes que anseiam viver “lá fora” com os humanos. Aqui nossas tartarugas são criaturas do seu tempo, com os celulares sempre à mão, e uma obsessão em gravar conteúdos. Cada um dos quatro protagonistas tem uma personalidade marcante: Leonardo é o líder, Rafael o músculo, Donatello o cérebro e Michelangelo o espírito livre. Uma atualização sobre os tropos que eles sempre tiveram, com um pouco mais de franqueza. São crianças com muita vontade de explorar, nem sequer consideraram o seu papel como vigilantes como crucial. Tornando-se um excelente ponto de partida para aqueles que são novos em suas aventuras. As tartarugas são acompanhadas por uma renovada April O'Neil, também rejuvenescida e transformada em uma intrépida aspirante a repórter com pânico pelas câmeras. Tem seus momentos, mas não brilha tanto quanto as tartarugas. 

Divulgação | Paramount Pictures

Tudo é frenético neste ‘Caos Mutante’, desde as lutas e perseguições até a trilha sonora de Trent Reznor e Atticus Ross. O roteiro aproveita a energia irreprimível dos quatro adolescentes para se permitir ser muito louco e estridente, com referências da cultura pop, algumas realmente inteligentes. Talvez o ponto mais fraco do filme sejam seus vilões, seja porque sua presença é apenas uma prévia do que poderá estar por vir se houver em uma sequência, seja porque suas motivações não deixam de ser simplista. Se as comparações com Aranhaverso são inevitáveis, As Tartarugas Ninjas: Caos Mutante é um filme que opta por esse espírito juvenil, tentando evitar ao máximo um tom muito sombrio ou uma narrativa complicada.

Indo para a parte técnica, o filme opta por um estilo visual que busca lembrar ilustrações com tintas de cera, feitas com pinceladas ásperas, saindo das linhas e despertando um ar bem grafite que dá muita personalidade e combina totalmente com o tom da animação. Essa estética também lembra muito o selo Nickelodeon, que sempre optou por animações que se afastavam da perfeição ou do objetivamente "bonito" da Disney para nos dar séries como 'Rugrats: Os Anjinhos', 'Ei Arnold' ou 'Ren & Stimpy', desenhos que poderiam até ser considerados grotescos, mas que conseguiram transmitir uma imagem mais travessa e perturbada. Exatamente o que pretende ser As Tartarugas Ninja: Caos Mutante.

Comentários

  1. Vágner Santiago28 agosto, 2023 23:36

    Assisti ontem. Me diverti muito com meu filho.

    ResponderExcluir

Postar um comentário