Crítica | Invasão Secreta - Episódio 6

Divulgação | Marvel Studios

Título	Secret Invasion (Original)
Ano produção	2021
Dirigido por	Ali Selim
Estreia	21 de junho 2023 (Mundial)
Duração	6 episódios
Classificação	14 - Não recomendado para menores de 14 anos
Gênero	Suspense - Ação - Aventura
País de Origem	Estados Unidos

Sinopse

Na trama, uma suposta invasão dos seres alienígenas Skrulls na Terra faz Nick Fury voltar ao planeta para acabar com a conspiração.

• Por Alisson Santos

• Avaliação - 4/10

Invasão Secreta não é terrível, inassistível, a minissérie simplesmente orbita em torno de um certo nível do que eu gostaria de chamar de "mediocridade segura". Definitivamente não é tão ruim, mas há muitas peças que prejudicaram a qualidade geral da série. O núcleo deste capítulo final é o inevitável confronto final entre Nick Fury e Gravik. Embora não dê mais complexidade à situação do General Skrull, um monólogo permite que Kingsley Ben-Adir traga à tona toda a raiva ardente de seu personagem. Ele destaca a dor e a traição que alimentam a invasão mortal de Gravik e coloca a culpa diretamente em Fury. E em resposta, Fury tem a oportunidade de refletir sobre como seu fracasso em fornecer aos Skrulls o lar que prometeu levou ao desastre. O momento mostra Samuel L. Jackson revisitando o Fury mais quebrado que vimos no capítulo de abertura da temporada, demonstrando que há muito mais acontecendo sob aquele tapa-olho do que seu exterior endurecido sugere. Infelizmente, um desenvolvimento subsequente da trama reduz o peso desse momento.

No mínimo, o Episódio 6 da Invasão Secreta é curto, chegando a menos de 40 minutos. Dito isso, o ritmo é ruim, de modo que, tudo se resolve rápido demais. A minissérie possui uma péssima direção e um trabalho de iluminação terrível, mas é o roteiro o seu ponto mais fraco, os próprios atores só são capazes de fazer tanto com tão pouco. No mínimo, Olivia Colman é sempre uma delícia como Sonya, embora isso possa ser atribuído ao seu carisma básico.

Divulgação | Marvel Studios

Simplesmente não há nível de consistência em como a história é contada, com os personagens se comportando de maneira irregular por uma questão de conveniência da trama, e não de maneiras que se adequem ao personagem. Por exemplo, o papel de Dermot Mulroney não recebeu exatamente nada para fazer além de ficar de mau humor e se encolher em todos os episódios anteriores, mas no episódio 6 é dado seu grande momento de vilão quando ele diz a Fury para tirar o Skrull de seu planeta. Isso se segue a um momento em que Fury o criticou por um discurso odioso que ele deu, que incitou a violência do vigilantismo que viu a morte de Skrulls e humanos. O comentário sobre como o discurso de ódio pode causar pânico generalizado e, em última análise, óbvio. Mas teria sido mais bem-sucedido se tivesse sido novamente inserido na trama geral. Apesar de todas as grandes ideias da série e da maneira como o diretor Ali Selim claramente queria transmitir acenos ao clássicos da espionagem, a série falhou em descobrir seu próprio tom ou personalidade. Está dizendo que os humanos temem a mudança e o desconhecido, mas não perde tempo lutando com essas ideias. No geral, esse deve ser um dos finais mais decepcionantes para uma minissérie da Marvel. Incompleto e esquecível. Parece ser mais uma grande cena pós-créditos para As Marvels e Guerra das Armaduras do que um final sério para a minissérie em si. Se sempre deveria ser um trampolim, por que fazê-lo em primeiro lugar ?