Crítica | Transformers: O Despertar das Feras - Não é o pior filme da franquia até agora, mas não chega perto de atingir seu potencial.

Divulgação | Paramount Pictures 

TítuloTransformers: Rise of the Beasts (Título original)
Ano produção2021
Dirigido porSteven Caple Jr. 
Estreia
8 de junho de 2023 (Brasil)
Duração 127 Minutos 
Classificação12 - Não recomendado para menores de 12 anos
Gênero
Ação - Aventura 
País de Origem
Estados Unidos
Sinopse

Em 1994, a era do hip hop e dos tênis Air Jordans, em seu animado bairro do Brooklyn, o ex-soldado do exército americano, Noah Diaz, está fazendo o possível para ajudar a sustentar sua família. Mas ele simplesmente não consegue ter paz. Após uma série de eventos, Noah se encontra atrás do volante do espertinho Autobot Mirage, que revela a existência de três colegas Autobots escondidos: Optimus Prime, Bumblebee e Arcee.

• Por Alisson Santos
• Avaliação - 6/10

Situado em 1994, Transformers: O Despertar das Feras se passa depois de Bumblebee. O especialista em tecnologia Noah Diaz (Anthony Ramos) luta para conseguir um emprego estável para ajudar a sustentar sua família, especialmente seu irmão mais novo doente (Dean Scott Vazquez), cujo tratamento médico vem com um preço alto que sua família não pode pagar. Noah coloca suas habilidades tecnológicas em uso em um assalto, onde conhece um atrevido Autobot chamado Mirage e se envolve no meio de um confronto intergaláctico. 

Noah tem seu tempo para brilhar, e seu relacionamento com Mirage é o que traz o coração para este filme. Eles são adoráveis, relacionáveis e fáceis de torcer. As tiradas cômicas do Mirage farão o público rir uma e outra vez. Noah e Mirage são os “novos” Sam e Bumblebee. É o relacionamento deles que fundamenta Transformers: O Despertar das Feras. Esse apego emocional ajuda muito a perdoar o filme por alguns outros problemas ao longo do caminho. Infelizmente, o mesmo não pode ser dito da personagem de Dominique Fishback, Elena. Este filme não sabia o que fazer com ela, então eles meio que a deixaram por perto até os momentos em que ela é necessária no enredo. A desconfiança de Optimus Prime em relação aos humanos e as qualidades imperfeitas de liderança dão ao icônico líder dos Autobots alguns níveis intrigantes de profundidade. Ainda assim, não é nada desenvolvido com maestria, enquanto Bumblebee está ausente em boa parte do filme, mas recebe talvez o momento de ação mais satisfatório do filme. 

Divulgação | Paramount Pictures 

Os meus maiores problemas aqui começa com a condução da escala da ação. Embora, a ausência de Michael Bay seja um alívio para muitos fãs de Transformers, também está ausente sua filmagem de estilo de ação incrivelmente cinética, que envolveu muitas explosões práticas e uma sensação estonteante de escala quando esses robôs alienígenas se enfrentariam. Steven Caple Jr. faz um trabalho admirável com os cenários de ação (a batalha final, em particular, é incrível), mas muito disso parece uma abordagem de volta ao básico com falta dessa escala crescentemente épica. As lutas são rápidas e sem alma. As composições sonoras das quais provavelmente você se lembra de Steve Jablonsky também fazem muita falta, em vez disso, são substituídas por Jongnic Bontemps, que faz um trabalho decente, mas nada tão épico quanto o que Jablonsky foi capaz de conjurar para os filmes de Michael Bay. O resultado é um filme de ação facilmente esquecível que mal se destaca de seus antecessores. A ação no clímax final do ato final, não é suficiente para salvar a subutilização severa dos Maximals, que não oferecem muito mais ao filme do que breve momentos. Parece que um título diferente do filme seria mais adequado, pois os fãs provavelmente ficarão desapontados com esse aspecto. 

Para os vilões, não há Decepticons desta vez, apenas Terracons, e eles também são pessimamente aproveitados dentro do enredo. Mesmo com o vilão definitivo sendo o lendário personagem dos Transformers, Unicron, você nunca consegue sentir todo o escopo de seu grande e maligno poder. No geral, você não pode deixar de pensar que tudo isso parece um pouco contido demais. Como se estivesse propositalmente segurando as coisas de vez em quando. Então, como eu disse nas primeiras impressões; o filme se desenrola como um episódio da série animada e talvez isso seja uma coisa boa. Aliás, o filme não possui cenas pós-créditos, mas termina indicando um caminho interessante e dá um impulso extra para os fãs se empolgarem com o futuro da franquia. Em última análise, Transformers: O Despertar das Feras não é o pior filme da franquia até agora, mas não chega perto de atingir seu potencial.

Comentários