Crítica | The Flash - Deixe as expectativas baixas, não é incrível.

Divulgação | Warner Bros Discovery

TítuloThe Flash (Título original)
Ano produção2021
Dirigido porAndy Muschietti
Estreia
15 de junho de 2023 (Brasil)
Duração 144 Minutos 
Classificação14 - Não recomendado para menores de 14 anos
Gênero
Ação - Aventura 
País de Origem
Estados Unidos
Sinopse

Depois dos eventos de Liga da Justiça, Barry Allen decide viajar no tempo para evitar o assassinato de sua mãe, pelo qual seu pai foi injustamente condenado à cadeia. O que ele não imaginava é que a sua atitude teria consequências catastróficas para o universo. Ao voltar no tempo, Allen se vê em um efeito borboleta e começa a viajar entre mundos diferentes do seu.

• Por Alisson Santos
• Avaliação - 6/10

Barry (Ezra Miller) volta no tempo para tentar salvar sua mãe (Maribel Verdú) de seu trágico destino e inocentar seu pai no processo. Ele não dá ouvidos ao aviso de Bruce Wayne (Ben Affleck) de que viajar no tempo causará danos irreparáveis. Ele se consome em 'consertar' a tragédia que lhe aconteceu sem pensar nas reais consequências de voltar no tempo. Avance para onde Barry se encontra preso em uma linha do tempo onde o General Zod (Michael Shannon) está invadindo a Terra, não há Liga da Justiça, apenas o Batman e a prima do Superman, Supergirl. Com a ajuda desses super-heróis, Barry tenta redefinir o universo enquanto também confronta a dor de seu passado/futuro por meio de uma versão alternativa de si mesmo.

The Flash está no seu melhor quando vemos os dois Barry interagindo um com o outro. As nuances de Ezra Miller com cada Barry tornam mais fácil para o espectador distinguir as diferenças gritantes entre os Barrys. Há momentos genuinamente engraçados e de amadurecimento entre os 'dois' e é realmente a cola que mantém o filme unido ao lado do relacionamento do Batman com os Barrys. Michael Keaton se sente em casa e entrega momentos icônicos do passado sem esforço. Isso é uma vantagem para o filme, mas também negativo, porque nos momentos em que Keaton está na tela, você pode querer assistir mais daquela versão do filme, o que não é bom quando o título do filme é The Flash, não Batman. Os momentos do Batman de Keaton são cativantes por causa dos apetrechos antigos de seus dias de Batman. A direção de Andy Muschietti é mais dinâmica nas sequências de ação envolvendo o personagem. Você sente a diversão que ele está tendo brincando com os velhos brinquedos do Batman e é uma bela homenagem ao legado de Michael Keaton. Eu sinto pela Sasha Calle como Supergirl, sua personagem é apresentada tão tarde no filme que não há tempo suficiente para estabelecer suas motivações além do terceiro ato. O filme mostra muito mais dos poderes de Barry Allen, desde atravessar paredes vibrando suas moléculas, criar tornados e lançar raios.

Divulgação | Warner Bros Discovery 

Falando do CGI, é bizarro o quanto isso afeta o filme. Andy Muschietti tenta fazer os momentos em alta velocidade parecer o mais legal possível, mas nunca há peso nisso e nunca parece nada mais do que um ator correndo por um mundo que simplesmente não existe, é muito artificial. E embora seja ótimo ver Michael Keaton de volta como Batman, o excesso do uso do CGI em grandes lutas deixa claro que ele nunca esteve nem perto do set para esses momentos. Mas não é só quando as lutas são enormes que isso se torna aparente, pois, mesmo em cenas menores, a falsidade de um personagem sendo adicionado a uma cena em que ele claramente não estava é perturbador. Isso é mais estranho quando Barry volta no tempo e vê as múltiplas possibilidades, o que transforma todas as oportunidades em realidades que se parecem com personagens do PlayStation 3. Como tantos filmes de super-heróis dos últimos anos, The Flash fica atolado em seu ato final, com os super-heróis perigosamente perto de se perderem nessa lama de CGI pessimamente renderizado. Com um ritmo assustadoramente rápido, ameaçando enviar o filme inteiro a um penhasco de incoerência.

Mas a maior falha em The Flash é como o filme explora sua viagem no tempo. O Flash leva seu tempo para definir as regras, usando De Volta para o Futuro como um ponto de referência constante e fácil para o espectador, e até mesmo utilizando alguns pontos desse filme para sua própria história. Sem estragar o final de The Flash, o filme quer ter suas realizações emocionais, ao mesmo tempo em que dá a esse personagem um final feliz de uma forma que prejudica a lição que Barry deveria estar aprendendo em primeiro lugar. No final, ele continua cometendo os mesmos erros, aparentemente sem perceber que não cresceu. É uma escolha errônea que, de muitas maneiras, condena a história como um todo - a jornada de um falso herói que nunca aprende a lição. Foi dito que este filme serviria como uma reinicialização do universo DC, como um ponto de virada. Para além dessa ligação com o início desta iteração, o filme parece mais um tributo ao que já passou do que um olhar para o futuro ou um botão de reset. Antes que eu me esqueça, o filme possui uma cena pós-créditos.

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