Crítica | Boogeyman: Seu Medo é Real - Não é revolucionário, mas cumpre seu papel.

Divulgação | 20th Century Studios 
TítuloThe Boogeyman (Título original)
Ano produção2021
Dirigido porRob Savage
Estreia
1 de junho de 2023 (Brasil)
Duração 100 Minutos 
Classificação12 - Não recomendado para menores de 12 anos
Gênero
Terror
País de Origem
Estados Unidos
Sinopse

Ainda se recuperando da trágica morte de sua mãe, uma adolescente e sua irmã mais nova se veem atormentadas por uma presença sádica em sua casa e lutam para fazer com que seu pai de luto perceba a ameaça antes que seja tarde demais.

• Por Alisson Santos
• Avaliação - 6/10

Centrando-se na estudante do ensino médio Sadie (Sophie Thatcher) e sua irmã mais nova, Sawyer (Vivien Lyra Blair), se recuperando da morte recente de sua mãe, principalmente sozinhas. Apesar de seu pai, Will, ser um terapeuta, ele mal consegue lidar com sua própria dor e muito menos ajudar suas filhas com a dor delas. Quando um paciente desesperado aparece inesperadamente em sua casa em busca de ajuda, ele deixa para trás uma terrível entidade sobrenatural que persegue famílias e se alimenta do sofrimento de suas vítimas.

Essa dinâmica da família é importante porque Boogeyman: Seu Medo é Real não julga diretamente como seus personagens processam sua dor. Em vez disso, apenas os leva a ouvir um ao outro. Se eles não compartilham sua dor um com o outro, podem pelo menos ouvir a de outra pessoa. Não há repreensão, apenas um empurrão para entender e estar junto. Embora esse tema seja evidente no final do filme, a franqueza deixa algumas nuances inexploradas. Embora cada personagem e como eles se relacionam seja um bom começo, eles nunca mergulham mais fundo do que apenas na superfície. Sadie obtém algum desenvolvimento, mas seu processo se torna mais um cenário para contrução do terror. Ainda assim, Boogeyman: Seu Medo é Real entrega os sustos que sacrifica parte de sua narrativa.

Divulgação | 20th Century Studios 

O filme explora esse medo do escuro para criar momentos de jump scare. Alguns sustos são esperados, mas outros vêm como uma construção lenta e recompensadora. Infelizmente, a cada novo detalhe que é distribuído de maneira menos hábil possível pelo enredo, mais o pavor pode parecer que está começando a diminuir. A experiência do filme é então de altos e baixos, onde as cenas mais discretas são as melhores. À medida que fica maior e mais ousado, pode começar a parecer que está se tornando mais parecido com o medo mais leve de algo como Stranger Things.

O classificação indicativa de 12 anos é importante e sempre acreditei nisso. Ela permite que o público mais jovem explore tópicos difíceis por meio de uma linguagem visual que pode ajudar com o que eles estão lidando em suas próprias vidas. Independentemente dos tropos bem conhecidos do gênero que Boogeyman: Seu Medo é Real adota, ele acerta ao abraçar com qual público quer falar. Certamente haverá algumas comparações com O Babadook, mas esse filme foi contado pelos olhos de uma mãe sendo atormentada por sua dor. Neste filme, vemos essa mesma força voraz através dos olhos de crianças que procuram orientação paterna e não a obtêm. Boogeyman: Seu Medo é Real não é revolucionário, mas cumpre seu papel.

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