Crítica | Suzume - Os fãs de Makoto Shinkai devem sair deste filme satisfeitos, já que Suzume carrega todos os pontos fortes do diretor.
Divulgação | Sony Pictures |
Título | Suzume no Tojimari (Título original) |
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Ano produção | 2021 |
Dirigido por | Makoto Shinkai |
Estreia | 13 de abril de 2023 (Brasil) |
Duração | 122 Minutos |
Classificação | 12 - Não recomendado para menores de 12 anos |
Gênero | |
País de Origem | Estados Unidos |
Sinopse
Neste novo filme do mesmo diretor de Your name e Cinco Centímetros por Segundo, nós acompanhamos a jornada de Suzume, uma jovem que precisa atravessar o Japão para fechar portas e evitar que a destruição se espalhe.
• Por Alisson Santos
• Avaliação - 7/10
O diretor Makoto Shinkai é especialista em drama adolescente sobrenatural. Embora a premissa exata possa diferir, muitos de seus filmes têm os mesmos tropos sobre a difícil jornada de um personagem até a idade adulta e os relacionamentos que eles estabelecem ao longo do caminho. Suzume não é diferente. Muito familiar, boa parte de seu enredo é paralelo ao trabalhos anteriores do diretor. A boa notícia é que, embora ele possa estar reutilizando essa fórmula, Makoto Shinkai também parece tê-la aperfeiçoado aqui.
Apesar de ser um tanto previsível, Suzume continua intrigante em parte por causa de sua impressionante manipulação de temas maduros. Diferentes aspectos de luto, solidão, saudade e ressentimento associados às responsabilidades de alguém são explorados por meio da situação da personagem principal. O conflito inicial, que envia Suzume correndo para pontos abandonados em todo o Japão na esperança de evitar um evento catastrófico, centra-se em remanescentes do passado que causam problemas no presente. Dessa forma, essas ruínas ameaçadoras atuam como uma metáfora coletiva para os efeitos duradouros do trauma; um parque de diversões abandonado é praticamente esquecido até que uma ocorrência sobrenatural restaura seu poder de uma forma que parecia iluminar uma velha ferida.
Esse dilema único mostra de forma criativa por que o processo de luto é importante e como a passagem do tempo nem sempre leva à cura. Pelo contrário, pode causar feridas se não tratadas. Um conceito que não é apenas referenciado nas lutas de vida ou morte de Suzume, como também no relacionamento tenso com sua tia Tamaki. A personagem é muito bem escrita e faz um ótimo trabalho ao incorporar o papel de um guardiã preocupada. Suas falas são ditas com uma paixão que ecoa a sinceridade das suas emoções durante uma determinada cena. A dor compartilhada é transmitida por meio de um diálogo que reflete de forma realista a brecha que se formou entre elas, o que resulta em uma das cenas mais emocionais de Suzume.
Divulgação | Sony Pictures |
Sota, interesse amoroso de Suzume, também é um personagem sólido. A ânsia de Sota em cumprir seu dever sagrado de proteger o Japão é evidente em seu comportamento. Nada é mais importante do que a vida daqueles que estão sob seus cuidados. Quando uma situação estranha atrapalha seus planos, o que o força a depender de Suzume, sua perspectiva muda um pouco. O personagem assume um papel mais estimulante, o que transforma Sota de um protetor solitário em um companheiro mais solidário e atencioso.
Há também uma trilha sonora comovente que ajuda a levar certas cenas a conclusões ainda mais poderosas, mas é realmente a linda animação de Suzume que manterá você totalmente preso. Ela ostenta uma paleta de cores vibrantes, e uma forte atenção aos detalhes que rivaliza com o que é visto nos filmes icônicos do Studio Ghibli. Há também uma sensação de peso que ancora realisticamente cada ação que seus personagens realizam, mesmo quando algo mágico está acontecendo. O mesmo pode ser dito de como seus rostos são retratados durante as cenas principais, com suas emoções tornadas críveis devido à animação fluida e realista. Em alguns momentos o CGI possui dificuldade para se encaixar com os aspectos 2D, entretanto nunca é o suficiente para arruinar completamente as cenas em que é usado.
O meu grande problema é com o ritmo, muitas vezes, o ritmo parece errático. Isso é especialmente perceptível no terceiro ato, que começa com muita tensão e altos riscos, apenas para uma volta desnecessária e se transformar novamente em um filme de viagem. É realmente cansativo e, embora eu pudesse me ajustar a todas as mudanças de tom que o filme tinha a oferecer, outros podem não ter tanta paciência. Os fãs de Makoto Shinkai devem sair deste filme satisfeitos, já que Suzume carrega todos os pontos fortes da marca registrada do diretor, desde sua animação até seus personagens e seu humor. Qualquer um que não conheça o diretor pode sair exausto, mas é quase impossível imaginar alguém indo embora sem o menor sentimento de admiração pela maravilha visual do filme.
Já assisti pirata. Gostei, mas é inferior aos anteriores.
ResponderExcluirEu estou muito ansiosa. Adoro Your Name.
ResponderExcluirEu adoro a estética do diretor.
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