Crítica | Renfield: Dando Sangue Pelo Chefe - Nicolas Cage se destaca, mas na maior parte, o filme falha.

Divulgação | Universal Pictures 

TítuloRenfield (Título original)
Ano produção2021
Dirigido porChris McKay
Estreia
27 de abril de 2023 (Brasil)
Duração 95 Minutos 
Classificação16 - Não recomendado para menores de 16 anos
Gênero
Terror - Comédia 
País de Origem
Estados Unidos
Sinopse

O mal não dura a eternidade sem uma pequena ajuda. Nesta moderna história de monstros sobre o leal servo de Drácula, Nicholas Hoult estrela como Renfield, o torturado ajudante do chefe mais narcisista da história, Drácula. Renfield é forçado a obter a presa de seu mestre e cumprir todas as suas ordens, não importa o quão degradado seja. Mas agora, após séculos de servidão, Renfield está pronto para ver se há uma vida fora da sombra do Príncipe das Trevas.

• Por Alisson Santos
• Avaliação - 5/10

O conceito apresentado em Renfield: Dando Sangue Pelo Chefe é ótimo. A milionésima releitura do Drácula, só que desta vez da perspectiva do servo fanático do vampiro, Renfield (Nicholas Hoult), que cansou de passar séculos atendendo todos os pedidos de Drácula (Nicolas Cage). Agora resta ele descobrir como acabar com a codependência criada ao longo de todo o tempo que passaram juntos. É uma ótima ideia e Nicholas Hoult é competente no papel. Nicolas Cage neste filme é, sem dúvida, um dos Dráculas mais engraçados, assustadores e excêntricos da história do cinema. Se você é um fã do ator, há coisas aqui que fazem Renfield: Dando Sangue Pelo Chefe valer a pena ser visto. Awkwafina continua a ser uma daquelas atrizes que não interpreta personagens diferentes tanto quanto aparece em projetos onde há papéis construídos especificamente para a persona específica que ela criou para si mesma. Desta vez, ela atende pelo nome de Rebecca Quincy, uma policial de segunda geração rebaixada a guarda de trânsito depois de se recusar a parar de perseguir a poderosa família do crime, os Lobos, que mataram seu pai.

Como parece normal em qualquer filme com clichês, Renfield e Rebecca têm aproximadamente 5 minutos de química entre eles. O filme ao mesmo tempo tenta jogar a carta do “amor à primeira vista”, com Renfield se apaixonando ao avistar a policial pela primeira vez e inspirado por sua ousadia em enfrentar o criminoso Teddy Lobo para tomar sua própria posição, e então nunca sequer tentar tomar iniciativa. Ele tenta convidá-la para um encontro em um ponto, é interrompido e, aparentemente, os roteiristas esqueceram de voltar á conversa.

Divulgação | Universal Pictures 

A direção, nas mãos de Chris McKay, é geralmente competente, embora bastante branda. Mas depois há o roteiro. Meu Deus, o roteiro. Ryan Ridley (Rick & Morty) leva a culpa por isso compartilhada com Robert Kirkman (The Walking Dead, Invencível). No entanto, é uma maneira particular que faz Renfield: Dando Sangue Pelo Chefe ser insuportável, combinado com o fato de ter sido anunciado há quase uma década e trocado de mãos criativas várias vezes antes de chegar à produção. Eles colocaram uma narração dolorosamente desnecessária, descrevendo coisas que seus olhos estão literalmente vendo ou viram cinco minutos antes. O filme é, de fato, tão dominado pela preocupação que o público é incapaz de seguir uma trajetória narrativa básica de A a B a C que se esquece de fazer qualquer outra coisa além de repetir informações até que você queira bater seu crânio contra algo. Existem alguns momentos dignos de riso, mas na maioria das vezes, as piadas de Renfield parecem muito seguras e óbvias, implorando para o espectador soltar uma risada. Raramente eles chegam perto de igualar a tolice intencional da violência do filme. Essa própria violência não é realmente um pró ou um contra do filme, mas simplesmente é, parece ser uma tentativa desesperada de adicionar algo em um roteiro risível. A ação com pitadas de terror é ótima, mas na maior parte, Renfield: Dando Sangue Pelo Chefe falha. 

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