Crítica | A Morte do Demônio: A Ascensão - Deve proporcionar algumas emoções sólidas para aqueles que desejam visitar o inferno.

Divulgação | Warner Bros Discovery 

TítuloEvil Dead Rise (Título original)
Ano produção2021
Dirigido porLee Cronin
Estreia
20 de abril de 2023 (Brasil)
Duração 95 Minutos 
Classificação18 - Não recomendado para menores de 18 anos
Gênero
Terror - Horror
País de Origem
Estados Unidos
Sinopse

Um conto distorcido de duas irmãs distantes cujo reencontro é interrompido pela ascensão de demônios possuidores de carne, empurrando-as para uma batalha primordial pela sobrevivência enquanto enfrentam a versão mais aterrorizante da família imaginável.

• Por Alisson Santos
• Avaliação - 7/10

Vale a pena você saber que A Morte do Demônio: A Ascensão está muito distante dos outros filmes da franquia, com apenas algumas referências ao longo de sua rodagem, optando por nunca se vincular diretamente a qualquer versão que vimos antes. Em termos tonais, não está muito longe de A Morte do Demônio de 2013, apostando principalmente no gore e no horror corporal enquanto os demônios possuidores de carne realizam seus atos perversos.

Os alvos dos espíritos malignos neste longa são Beth (Lily Sullivan), que vai visitar sua irmã mais velha Ellie (Alyssa Sutherland) após receber uma inesperada notícia. Ellie tem seus próprios problemas, no entanto. Mãe de três filhos, dos adolescentes Bridget (Gabrielle Echols), Danny (Morgan Davies) e Kassie (Nell Fisher), Ellie está passando por uma separação e também está sendo forçada a sair de seu apartamento pelo prédio estar condenado. Na noite da chegada de Beth, um terremoto revela uma abóbada escondida sob o velho prédio, no qual o filho mais velho de Ellie adentra e pega algumas coisas, incluindo o Livro dos Mortos. O desenvolvimento desses acontecimentos é um tanto preguiçoso, mas é algo típico da franquia.

Divulgação | Warner Bros Discovery 

Em relação ao gore, A Morte do Demônio: A Ascensão faz tudo o que você poderia esperar de um filme da franquia. Muitas excreções, facadas, cortes, esfolamentos, desmembramentos, o que você quiser. Certamente não economiza em sangue. Mas, estranhamente, nada disso soa com o mesmo fator de choque de 2013, com muitos de seus grandes momentos de terror já mostrados ou provocados em seu marketing, tanto que, quando as coisas começam a acontecer, nada me pegou de surpresa. O ritmo também é um pouco estranho e toda construção narrativa é precária, algo que nunca foi o forte da franquia. Onde ele se destaca é em seus personagens e na execução da loucura. Com um design de produção excepcional no prédio e um bom senso de travessura lúdica atrás da câmera enquanto mais sangue é jogado na tela. Ele referência Sam Raimi, Stanley Kubrick ao Brian De Palma, enquanto desencadeia o caos, com truques de câmera, dioptrias divididas e uma sensação cinética de movimento que dá um toque visual aos atos demoníacos.

Mas nada funcionaria sem um ótimo desenvolvimento dos personagens, e o roteiro de Lee Cronin gasta uma boa quantidade de tempo preparando o terreno para tornar eles identificáveis para o espectador. Alyssa Sutherland como Ellie em particular é o grande destaque, trazendo muito calor como a mãe, antes de mudar completamente quando ela se torna um recipiente para o mal. Ela é assustadora, perversa e enervante em um papel fisicamente exigente. Em última análise, A Morte do Demônio: A Ascensão é um bom filme, mas está longe de ser incrível ou tão chocante quanto o marketing tenta transmitir. Mas é inegavelmente bem feito, com Lee Cronin criando um cartão de visita muito estiloso para si mesmo, e deve proporcionar algumas emoções sólidas para aqueles que desejam visitar o inferno.

Comentários

  1. Gabriela Fonseca14 abril, 2023 22:15

    Só a chamada da crítica já me deu um cagaço kkkkkkkkkk

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  2. Gabriel Rodrigues15 abril, 2023 00:54

    Pelo jeito se leva bem mais a sério, né !

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  3. Boa crítica.

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