Crítica | John Wick 4: Baba Yaga - O quarto filme é grandioso e comprova o quanto o gênero tem chance de se tornar uma franquia expansiva.

Divulgação | Paris Filmes
TítuloJohn Wick: Chapter 4 (Título original)
Ano produção2021
Dirigido porChad Stahelski
Estreia
23 de março de 2023 (Brasil)
Duração 169 Minutos 
Classificação16 - Não recomendado para menores de 16 anos
Gênero
Neo-noir - Ação 
País de Origem
Estados Unidos
Sinopse

Com o preço por sua cabeça cada vez maior, o lendário assassino de aluguel John Wick leva sua luta contra o High Table global enquanto procura os jogadores mais poderosos do submundo, de Nova York a Paris, do Japão a Berlim.

• Avaliação - 9/10

John Wick 4: Baba Yaga apresenta um protagonista imortal e indestrutível em que ao mesmo tempo em que o espectador se alegra e se empolga com as habilidades e acrobacias, também pode achar surreal e irrealista outras movimentações. Entretanto, o diferencial do quarto filme é a sensação de que, talvez, Sr. Wick não seja tão indestrutível assim, já que em todas as cenas de ação em que Keanu Reeves protagoniza (ou melhor, seu dublê) consegue-se perceber que alguns danos são sentidos pelo protagonista e possuem consequências.

Baba Yaga constrói uma narrativa de um homem indestrutível e que é uma máquina de matar e aniquilar qualquer um que passe pelo seu caminho, mas ao mesmo tempo equilibra os danos que cada cena de ação pode causar em um ser humano comum. Afinal, é praticamente impossível para um ser humano normal, até mesmo John Wick, ficar intacto depois de tantos combates. O maior inimigo de Baba Yaga sem dúvidas seria a sua duração. Possuindo 2h49m de história, é facilmente perceptível o tempo de tela e a sua desnecessidade. Em muitos momentos a história se prolonga mais do que deveria. Porém, é rapidamente esquecível diante da quantidade frenética (e maravilhosa) de cenas de ação.

Divulgação | Paris Filmes 

O quarto filme dá uma aula de coreografia de lutas e fotografia. Todos os detalhes e todas as acrobacias são milimetricamente pensados para fazer cada cena ser sentida pelo espectador como se estivesse imerso àquela atmosfera sufocante e tensa. Somado à isso, temos uma fotografia de perfeito deleite com um prazer inenarrável de acompanhar e são emocionantes somados a determinados eventos. Cada sequência e cada cidade apresentada só abrilhantam a produção grandiosa e magnífica que é John Wick 4.

Um ponto que talvez possa incomodar alguém (ou talvez não, já que é um filme de ação em que as lutas são mais importantes do que qualquer outra narrativa) é o fato de que o personagem de Keanu Reeves desapegou completamente de qualquer tipo de fala. Afinal, pra que colocar uma frase inteira para ser dita se John Wick pode pegar um lápis e agredir alguém ? 

Donnie Yen (Caine), Rina Sawayama (Akira) e Shamier Anderson (Ninguém) são as surpresas mais graciosas que o quarto filme trouxe à franquia. Todas as cenas em que estes personagens aparecem é uma afirmação do quão genial e mitológico é este universo a qual pertence John Wick. As habilidades de cada personagens são poéticas e só ajudam a carimbar o longa como o melhor de John Wick.

Com uma cena pós-créditos lá para o final literalmente, temos um encerramento de arco tão prometido e interessante, que por vezes fingiu que teria sido deixado de lado, e que abre portas para muitas gratas surpresas a qual vamos torcer para reencontrar. O quarto filme é grandioso e comprova o quanto o gênero tem chance de se tornar uma franquia expansiva. Até porque John Wick 4: Baba Yaga é um filme que encerra ciclos e abre inúmeras portas para aprofundar outras histórias.

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