Crítica | 65: Ameaça Pré-Histórica - Um trabalho melhor nos rascunhos do roteiro possivelmente teriam salvado o filme, junto com um final mais imaginativo.

Divulgação | Sony Pictures 

Título65 (Título original)
Ano produção2021
Dirigido porBryan Woods e Scott Beck
Estreia
9 de março de 2023 (Brasil)
Duração 93 Minutos 
Classificação12 - Não recomendado para menores de 12 anos
Gênero
Ficção Científica - Ação 
País de Origem
Estados Unidos
Sinopse

65: Ameaça Pré-Histórica é a história de um cruzador espacial “futurista” que cai em um planeta distante e apenas o capitão e uma jovem sobrevivem. À medida que os dois viajantes espaciais se orientam pelo terreno estrangeiro, é revelado que o planeta é na verdade a Terra há 65 milhões de anos - e cheio de dinossauros pré-históricos que ameaçam sua sobrevivência. As coisas ficam ainda mais complicadas quando eles descobrem que um grande asteróide, O asteróide, está em rota de colisão direta com a Terra e a dupla deve desesperadamente alcançar sua nave de fuga enquanto a extinção do mundo se aproxima rapidamente.

• Por Alisson Santos
• Avaliação - 4/10

65: Ameaça Pré-Histórica conta a história de Mills (Adam Driver), um piloto de uma nave colonizadora de uma civilização avançada que caiu na Terra há cerca de 65 milhões de anos, quando os dinossauros dominavam o planeta. Ele e uma garotinha, únicos sobreviventes do desastre, agora precisam cruzar um terreno hostil, para alcançar um módulo de fuga e escapar com vida antes que o evento de extinção dos dinossauros aconteça. Todo o filme se baseia na atmosfera, no ritmo e nesses dois personagens sozinhos. Infelizmente, mesmo com sua história relativamente direta, o filme consegue parecer totalmente sem objetivo.

Embora você não se possa exigir muito de um filme de pipoca com dinossauros, o problema começa quando esse filme tenta abordar uma profundidade emocional e de roteiro, e toda essa construção é pessimamente escrita. Mas quem se importa, desde que os dinossauros e as cenas de ação estejam no ponto, certo ? Ah, os dinossauros ... faltam dinossauros! E isso não é Jurassic Park. Não há sentimento de admiração ou terror de Steven Spielberg quando nos deparamos com as criaturas monumentais. Os efeitos especiais também não são nada dignos, a maioria das aparições são noturnas, ou seja, uma tentativa de esconder o CGI pessimamente renderizado. Alguns dos encontros com dinossauros são divertidos, mas cada gancho acaba quase imediatamente sendo uma escada para a jornada dos personagens. Infelizmente, qualquer sensação de suspense ou tensão no filme é rapidamente minado por um compositor telegrafando os momentos para o telespectador. Sinceramente, a quantidade de conveniências nesse roteiro, dói na minha alma. 

Divulgação | Sony Pictures 

As atuações do filme às vezes beiram a paródia. Adam Driver é um ator talentoso. Aqui, porém, ele tem todo o carisma da necessidade de pagar boletos. Mesmo quando Driver tenta injetar algum peso dramático em suas cenas, ele se apresenta tão estóico e inarticulado. Ele parece ter apenas três modos ao longo do filme: ferido, preocupado e triste. Koa de Ariana Greenblatt é a Ellie pobre de “The Last of Us”. Ela fala uma língua que Mills não entende e acaba repetindo apenas algumas palavras aqui e ali. Na verdade, ela existe apenas para ser o núcleo emocional obrigatório do filme, um contraste para o personagem de Adam Driver, dando a ele um motivo para encontrar o módulo de fuga. Em última análise, um trabalho melhor nos rascunhos do roteiro possivelmente teriam salvado o filme, junto com um final mais imaginativo. O que poderia ter sido um grande filme pipoca acaba sendo 93 minutos de um fóssil que deveria permanecer enterrado.

Comentários

  1. Esse filme tem cara de bomba mesmo. Quando eu vi a duração dele, eu já fiquei meio preocupado.

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  2. Rosana Trindade09 março, 2023 14:29

    Adam Driver e mais uma bomba no CV

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  3. Gabriel Rodrigues09 março, 2023 16:52

    Vou assistir hoje. Mas essa crítica já serviu para eu ir sem expectativas.

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  4. Realmente, fraquíssimo.

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