Crítica | Morte. Morte. Morte. - Apesar do brilho narrativo do filme, ele não está imune a deficiências estruturais.

Divulgação | Sony Pictures 

TítuloBodies, Bodies, Bodies (Título original)
Ano produção2021
Dirigido porHalina Reijn
Estreia
6 de outubro de 2022 (Mundial)
Duração 95 Minutos
Classificação16 - Não recomendado para menores de 16 anos
Gênero
Terror - Comédia - Slasher
País de Origem
Estados Unidos
Sinopse

Na trama, um grupo de jovens ricos decide passar o fim de semana em uma mansão familiar de luxo. Para se divertirem, uma das adolescentes sugere que eles joguem um jogo. Entretanto, à medida em que o jogo evolui, as coisas saem do controle e todos precisarão lutar pela própria sobrevivência.

• Por Alisson Santos
• Avaliação - 5/10

O mais recente filme de terror A24 é sobre um grupo de amigos da Geração Z, todos altamente privilegiados, que se reúnem na mansão de um deles para uma festa em meio ao um furacão. Uma vez que a tempestade torrencial apaga as luzes e todos estão bêbados e drogados, eles jogam um jogo de mistério de assassinato chamado "Morte. Morte. Morte.". Eles rastejam no escuro, tentando evitar o jogador que tirou uma carta marcada com “X”, identificando-os como o assassino, um toque nas costas dessa pessoa conta como ser morto. Uma vez que a “vítima” que se faz de morto é descoberta, o grito de “Morte. Morte. Morte.” alerta os outros, e então todos tentam adivinhar quem é o assassino. Entretanto, à medida em que o jogo evolui, as coisas saem do controle e todos precisarão lutar pela própria sobrevivência.

Divulgação | Sony Pictures 

O aspecto mais promissor dessa premissa é o fato de os personagens serem tão repugnantes que você espera vê-los morrer. À medida que mergulhamos cada vez mais fundo na toca do coelho para encontrar o assassino, torna-se cada menina por si, enquanto segredos e insultos são jogados uma para a outra a torto e a direito para justificar seu próprio medo da situação aterrorizante em que se encontram. Comentários que encapsulam a era da Geração Z em que estamos vivendo, onde a mentalidade superficial e egocêntrica desta geração perpassa todas as conversas e ações que essas garotas apresentam. Cada jovem atriz consegue trazer suas próprias experiências e lições de vida para seus personagens, e essas adições aparecem ao lado de diálogos ácidos quando o grupo está se atacando. Apesar do brilho narrativo do filme em retratar essa geração caótica, vitimista e dependente de mídias sociais, ele não está imune a deficiências estruturais. Ao entrar no terço final, ele se aproxima e se lança em um clímax aparentemente interminável. Torna-se uma enxurrada ininterrupta de revelações que, embora emocionantes no início, logo começam a parecer maçantes. E enquanto o ato de satirizar o grotesco comportamento da Geração Z é bom até certo ponto, sua resolução, principalmente no final, deixa muito a desejar. Morte. Morte. Morte é uma tentativa louvável de todos os envolvidos, mas simplesmente não sabe como manter o patamar para fazer suas ideias maiores e comentários se unirem.

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