Crítica | Cobra Kai 5 - Continua funcionando perfeitamente como uma grande novela no universo de Karatê Kid.

Divulgação | Netflix 

Título	Cobra Kai (Título original)
Ano produção	2021
Dirigido por	Hayden Schlossberg
Estreia	9 de setembro de 2022 (Mundial)
Duração	10 Episódios
Classificação	14 - Não recomendado para menores de 14 anos
Gênero	Comédia Dramática - Artes Marciais
País de Origem	Estados Unidos

Sinopse

Depois do resultado chocante do Torneio Regional, Terry Silver tenta expandir o império Cobra Kai e fazer o estilo de caratê ‘sem compaixão’ dominar a região. Com Kreese preso e Johnny Lawrence longe do caratê para reparar os danos que causou, Daniel LaRusso precisa pedir ajuda a uma pessoa do passado.

• Por Alisson Santos

• Avaliação - 8/10

A saga que começou como uma guerra de territórios entre Daniel LaRusso e Johnny Lawrence evoluiu para algo muito maior na quinta temporada. A série sempre sabe como mexer com a nostalgia e apresentar rostos novos e familiares, mantendo o coração pulsante de lealdade e integridade em seu centro. Há uma razão pela qual é um dos títulos mais consistentes e celebrados da Netflix: Cobra Kai não tenta imitar qualquer outra coisa.

A quinta temporada começa logo após o final da temporada passada, que viu John Kreese (Martin Kove) ser preso depois que Terry Silver (Thomas Ian Griffith) o incriminou. Daniel (Ralph Macchio) recrutou um velho inimigo, Chozen (Yuji Okumoto) para ajudar a se infiltrar e destruir Cobra Kai, agora comandado por Silver, antes que eles se tornem imparáveis. Como você deve se lembrar, Miguel (Xolo Maridueña) também fugiu da cidade e foi para o México para encontrar seu pai. 

Ao longo da temporada de 10 episódios, dezenas de tramas que se cruzam colidem, incluindo Johnny (William Zabka) e Robby (Tanner Buchanna) em busca de Miguel, a campanha de Silver para tornar Cobra Kai o maior e mais dominante dojo do país e muitas outras com pouco relevância para a trama central. Muitas surpresas, traições, tumultos e derrotas se manifestam durante a temporada, complementando o que Cobra Kai faz de melhor e solidificando como é essencialmente uma grande novela ambientada no universo de Karatê Kid. Essa temporada inclui sequências de luta bem coreografadas e inventivas, fornecendo o equilíbrio certo de diversão tosca e drama, ancorada na nostalgia. Há momentos revigorantes e edificantes enquanto a típica história passa por seus altos e baixos. Os episódios iniciais são mais lentos e com algumas atuações duvidosas, mas caso você consiga superá-los, será recompensado por um ótimo final.

Divulgação | Netflix 

As temporadas anteriores colocaram grande parte da ênfase dramática nos jovens, adolescentes, mas a quinta temporada lança os holofotes sobre os adultos, especificamente os métodos criativos e sujos de Daniel e Johnny de desmantelar os planos ambiciosos de Silver. Uma subtrama nesta temporada envolve Johnny, por razões que não posso revelar, ter que se tornar um motorista de Uber e os resultados são hilários. 

Infelizmente, eu não posso deixar de notar como essa sátira dos anos 80 e esse estilo irônico de autoparódia estão começando a se desgastar. Grande parte das interações dos personagens está ficando obsoleto e o enredo repetitivo: alguém nefasto está tentando assumir o Cobra Kai e Johnny/Daniel precisa fazer com que seus esquadrões os detenham. Pelo menos a camaradagem e a dinâmica entre esse elenco está no auge, mas talvez seja hora de começar a pensar em fechar o dojo.