Crítica | Samaritano - O roteiro do filme é o seu maior obstáculo.

Divulgação | Amazon Prime Video 

Título	Samaritan (Título original)
Ano produção	2020
Dirigido por	Julius Avery
Estreia	26 de agosto de 2022 (Mundial)
Duração	95 minutos
Classificação	14 - Não recomendado para menores de 14 anos
Gênero	Ação
País de Origem	Estados Unidos

Sinopse

25 anos após uma batalha insana, todos acreditavam que o super-herói Samaritano estava morto. Mas agora um garotinho começa uma investigação para procurar o paradeiro do super-herói e a sua principal pista é Joe, um trabalhador que parece comum, mas esconde sua verdadeira identidade heróica.

• Por Alisson Santos

• Avaliação - 5/10

Onde Samaritano é eficaz é naquela relação pai/filho, mentor/aprendiz entre Joe e Sam. Sam é um garoto durão e confiável lutando para descobrir quem ele realmente é, e através de seu desejo de descobrir a identidade de Joe. Além disso, a relutância de Joe e a insistência de Sam são ótimos refrescos e quando a identidade de Joe é revelada, a empolgação de Sam é contagiante. A maior parte do crédito vai para Walton, que é extremamente carismático no papel principal. Há também uma mitologia muito interessante, mas infelizmente pessimamente executada, espalhada no filme que discute as origens de Samaritano e Nêmesis, suas batalhas épicas e o que pode ter acontecido com elas. Começa com uma abertura inspirada em quadrinhos (que é legal, mas parece que é de um filme diferente) e culmina em um plot twist no terceiro ato, destinada a amarrar algumas das muitas pontas soltas do filme. Mas as respostas são adiadas por tanto tempo que você não pode deixar de pensar que equilibrá-las mais ao longo do filme teria enriquecido a história e a construção do personagem. 

Divulgação | Amazon Prime Video 

O roteiro de Samaritano é o maior obstáculo do filme em sua jornada para criar um tempo que valha a pena no sofá. Não é sensato apertar o play em um filme como esse esperando sutileza e uma narrativa elegante, mas mesmo para padrões baixos, Samaritano é problemático. O cenário metropolitano sombrio mostra uma cidade sepultada sob as armadilhas vagas da decadência urbana. Uma enxurrada interminável de notícias constantemente lembra ao público que os sem-teto estão aumentando. Às vezes, parece uma paródia dos ambientes sombrios de Gotham da DC Comics. Não é uma grande surpresa, então, quando o principal vilão, é mostrado como um fã dedicado de Nêmesis apenas porque ele parece ansiar pelo caos e uma vaga sensação de controle. Sua motivação é pouco explorada, superficial. Além disso, os pontos de discussão que ele emprega para explicar um pouco sua missão e reunir apoiadores da maneira mais preguiçosa possível. Ele defende queixas que lembram pontos de discussão diluídos e corrompidos frequentemente empregados pela justiça e pelos movimentos de busca de igualdade da era atual, mas os diálogos são medíocres. Menções à corrupção da força policial e à disparidade geral de riqueza encontrada na sociedade moderna são descartadas, aparentemente para dar ao filme alguma relevância contemporânea. Talvez não seja tão difícil acreditar que um filme com um enredo tão horrível também envolva filmagens tão preguiçosas e cenas de ação tão precárias, Samaritano simplesmente não funciona. O longa parece aqueles filmes feitos exclusivamente para mídia física.