Crítica | Thor: Amor e Trovão - Um baita potencial desperdiçado em um enredo pífio.

Divulgação | Marvel Studios 

TítuloThor: Love and Thunder (Título original)
Ano produção2020
Dirigido porTaika Waititi 
Estreia
7 de julho de 2022 (Brasil)
Duração 119 minutos
Classificação12 - Não recomendado para menores de 12 anos
Gênero
Comédia - Aventura - Ação - Romance - Drama
País de Origem
Estados Unidos
Sinopse

Thor: Amor e Trovão, da Marvel Studios, encontra o Deus do Trovão numa jornada diferente de tudo o que já enfrentou – a procura pela paz interior. Mas a reforma de Thor é interrompida por um assassino galáctico conhecido como Gorr, o Carniceiro dos Deuses, que procura a extinção dos deuses. Para combater a ameaça, Thor pede a ajuda da Rei Valkiria, de Korg e da ex-namorada Jane Foster, que – para surpresa de Thor – empunha inexplicavelmente o seu martelo mágico, Mjolnir, e se intitula a Poderosa Thor. Juntos, eles embarcam numa angustiante aventura cósmica para descobrir o mistério da vingança do Carniceiro dos Deuses e detê-lo antes que seja tarde demais.

• Por Alisson Santos
• Avaliação - 4/10

O filme começa de forma bastante promissora, com uma introdução incrível configurando o vilão Gorr, o Carniceiro de Deus, de Christian Bale. Depois que seu mundo natal desértico reivindica a vida de sua filha, seu encontro com um deus indiferente e insensível o leva a montar uma campanha para matar todos os seres divinos do universo. Esta sequência é atmosférica, dando tempo para a performance de Bale respirar e nos permitindo sentir seu crescente desespero, confusão e raiva. Em seguida, o logotipo da Marvel Studios aparece e a montanha-russa começa.

Dados os problemas de saúde humana muito relacionáveis ​​que Jane enfrenta nesse longa, esse enredo deve ser o coração emocional de Thor: Amor e Trovão, certo ? Errado. O filme simplesmente não leva o tempo necessário para situar o espectador do problema de Jane Foster, como se tivesse medo de ficar muito sério e acaba prejudicando momentos emocionais futuros.

Essa necessidade de velocidade se estende à ação – Jane, em particular, usa suas novas habilidades de maneiras impressionantes, mas nem a edição nem a cinematografia nos dão tempo para saborear isso. É improvável que muitas cenas deste filme se alojem em seu cérebro da mesma forma que momentos de outras aventuras do UCM – nada atinge um nível memorável. A estranheza entre Jane e Thor é inicialmente muito divertida – em grande parte devido ao carisma e química de Natalie Portman e Chris Hemsworth – mas não se desenvolve de uma maneira particularmente convincente, muito por conta do humor.

Divulgação | Marvel Studios 

Após sua introdução memorável, a ameaça de Gorr diminui bastante. Nos quadrinhos do "Carniceiro dos Deuses" ele parece uma grande ameaça, pois Thor segue uma trilha de abate divino em todo o universo. Thor: Amor e Trovão apenas alude a isso e reduz em grande parte a vilania de Gorr ao sequestro de crianças Asgardianas para realizar um plano maior. Sinceramente, Christian Bale salvou o Gorr de ser um dos piores vilões de um filme da Marvel, ele compensa o fraco material para seu personagem com uma baita atuação. Este filme não é tão carregado de participações especiais quanto seu antecessor, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, mas temos um Russell Crowe que rouba a cena como um Zeus narcisista. Infelizmente, seu papel é principalmente limitado a uma única cena que se mostra amplamente esquecível à medida que a narrativa principal passa por ela. No ponto de vista positivo, é que somos recompensados por uma das cenas pós-créditos com ligação com esse breve momento de Zeus.

Em última análise, ao tentar equilibrar comédia com drama e fundir várias histórias clássicas de quadrinhos em uma única narrativa, a quarta aventura solo de Thor se espalha muito e acaba parecendo superficial. É um péssimo filme ? Não. Na minha visão, só é um baita potencial desperdiçado em um enredo pífio.

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