Crítica | Elvis - Austin Butler mergulha na própria alma de Elvis em um dos grandes filmes de 2022.

Divulgação | Warner Bros Pictures 

TítuloElvis (Título original)
Ano produção2020
Dirigido porBaz Luhrmann
Estreia
14 de julho de 2022 (Brasil)
Duração 159 minutos
Classificação14 - Não recomendado para menores de 14 anos
Gênero
Biografia - Drama - Filme Musical 
País de Origem
Estados Unidos
Sinopse

Desde sua ascensão ao estrelato, o ícone do rock Elvis Presley mantém um relacionamento complicado com seu enigmático empresário, Tom Parker, por mais de 20 anos.

• Por Alisson Santos
• Avaliação - 8/10

Eu nunca tive um álbum de Elvis Presley. Eu nunca me importei com seus filmes. Mas cresci com alguém que adorava suas músicas, filmes e todo seu legado. Então, eu entendo perfeitamente a grandeza de Elvis Presley. Sempre reconheci seu impacto duradouro na música. E você não pode deixar de respeitar suas legiões de fãs apaixonados que realmente amam o homem apelidado de "Rei do Rock and Roll". Essas coisas foram grandes razões pelas quais eu estava empolgado com "Elvis", a nova odisseia biográfica do Baz Luhrmann.

Para mim, o nome Baz Luhrmann é algo que me passa incerteza. Eu quase sempre lutei para me conectar com seu estilo de cinema. Mas com Elvis ele encontra um meio-termo bem-vindo. O estilo do diretor certamente está presente e, às vezes, pode tornar até as coisas um pouco repetitivas. O ponto positivo é que ele entrega contenção suficiente e, como resultado, temos um filme que consegue capturar brilhantemente os muitos altos e depois os devastadores baixos da carreira de Elvis Presley.

Divulgação | Warner Bros Pictures 

O longa tenta cobrir uma tonelada de terreno em seu robusto tempo de execução. Faz inúmeras paradas pessoais e profissionais, nunca ficando muito tempo no mesmo lugar. Não tenho certeza do quanto será novo para o fã bem estudado de Elvis. Mas para pessoas como eu, há muito o que absorver. Curiosamente, Baz Luhrmann conta grande parte da história da perspectiva do empresário e promotor de longa data de Elvis, o Coronel Tom Parker. O filme coloca a questão: o Coronel Parker era um vilão ou um visionário ? O filme credita ele como ambos.

Austin Butler mergulha na própria alma de Elvis, destacando sua grandeza externa, mas também seus demônios internos. É um pedido difícil para um jovem ator que se torna ainda mais difícil pelo estilo de direção de Baz Luhrmann. Felizmente, ele dá conta do recado e sua atuação é louvável. Tudo sobre sua performance funciona, desde os poucos momentos de silêncio até os incríveis números no palco, onde sua semelhança com Elvis realmente aparece. Infelizmente, Baz Luhrmann coloca muito foco em Tom Parker. O desempenho é bom, mas atrapalhou minha imersão em alguns momentos.

Uma coisa que me causou um certo estranhamento, é que temos uma certa romantização das questões raciais da época, creio que faltou coragem para uma abordagem mais crua do assunto. Para crédito do diretor, seu filme me prendeu desde o início mesmo com sua longa duração. E mesmo que eu não seja um grande fã do Elvis, o longa me emocionou.

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