Crítica | Doutor Estranho no Multiverso da Loucura - É doloroso dizer que o longa está muito aquém de seu potencial.

Divulgação | Marvel Studios

TítuloDoctor Strange in the Multiverse of Madness (Título original)
Ano produção2020
Dirigido porSam Raimi
Estreia
5 de maio de 2022 (Brasil)
Duração 126 minutos
Classificação14 - Não recomendado para menores de 14 anos
Gênero
Fantasia - Terror - Ação - Aventura
País de Origem
Estados Unidos
Sinopse

O aguardado filme trata da jornada do Doutor Estranho rumo ao desconhecido. Além de receber ajuda de novos aliados místicos e outros já conhecidos do público, o personagem atravessa as realidades alternativas incompreensíveis e perigosas do Multiverso para enfrentar um novo e misterioso adversário.

• Por Alisson Santos
• Avaliação - 7/10

O 28º filme da Marvel é, inesperadamente, o filme mais sombrio do estúdio até hoje, com muitos momentos violentos que podem ser um pouco demais para um público mais jovem. 
Além disso, existem várias escolhas criativas que serão controversas para os fãs. 

A sequência do filme de 2016 não perde tempo para entrar em uma grande sequência de ação. Acompanhamos o Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) enquanto ele tenta descobrir quem está atrás de América Chávez (Xochitl Gomez), uma adolescente com o poder de atravessar o Multiverso.

Se você não quer nenhum tipo de spoiler, eu recomendo que pare de ler aqui. Aprendemos bem cedo no filme que Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen) é a principal vilã que está atrás dos poderes únicos de América Chávez para encontrar um universo onde ela possa estar com seus filhos novamente. Aqueles que não viram "WandaVision" podem se sentir um pouco perdidos aqui, pois não é realmente explicado como Wanda de repente teve filhos que de alguma forma desapareceram. Doutor Estranho solta uma linha de diálogo que eles nunca realmente existiram, mas isso pode não ser suficiente para os espectadores em geral que se perguntarão como ela tem filhos em outros universos.

Dito isto, Olsen é rouba a cena em todos os momentos do filme. Ela entende cada nuance de Wanda e a interpreta com perfeição. Aqui, ela tem permissão para mergulhar em alguns dos aspectos mais assustadores da Feiticeira Escarlate enquanto o livro de Chthon, o Darkhold, toma conta dela. 

Divulgação | Marvel Studios

Você nunca fica entediado assistindo Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, por causa de sua duração, o filme possui um ritmo frenético. Infelizmente, isso torna o longa um pouco desconexo, pois faz malabarismos como um filme de terror, uma história de origem para a América Chávez e uma história de crescimento e fechamento para Stephen Strange, que finalmente descobre que nem sempre vale a pena ser arrogante. Para seu crédito, o diretor Sam Raimi injeta o filme com sustos efetivos e alguns acenos divertidos para suas raízes do terror. Os efeitos visuais são um sucesso e um fracasso, pois algumas cenas parecem incríveis. Doutor Estranho e América Chávez atravessando universos diferentes em câmera lenta é de encher os olhos. Esse brilho é ofuscado em outras cenas por enormes batalhas em CGI com personagens digitais mal renderizados.

Eu recomendo que você diminua um pouco suas expectativas para este filme. Um dos aspectos mais frustrantes de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura é acreditar que ele tem mais truques na manga do que realmente tem. O filme contém menos variantes e menos aparições de dimensões alternativas do Multiverso do que os teasers e trailers do filme podem levar você a acreditar. As surpresas mais satisfatórias do filme são de curta duração, algo que também pode atrair a ira dos fãs. Com esses pontos em mente, é doloroso dizer que Doutor Estranho no Multiverso da Loucura está muito aquém de seu potencial.

E antes que eu me esqueça, o filme possui duas cenas pós-créditos. Uma delas de extrema importância para o futuro do Universo Cinematográfico da Marvel.

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