Crítica | Eternos - O filme mais ambicioso (e um dos melhores) da Marvel.



Divulgação | Marvel Studios

TítuloEternals (original)
Ano produção2019
Dirigido porChloé Zhao
Estreia
4 de novembro de 2021 (Brasil)
Duração157 minutos
Classificação12 - Não recomendado para menores de 12 anos
Gênero
Ação - Aventura - Ficção Científica
País de Origem
Estados Unidos
Sinopse

Os Eternos são uma raça de seres imortais que viveram durante a antiguidade da Terra, moldando sua história e suas civilizações enquanto batalhavam os malignos Deviantes.

• Por Bruna Nery
• Avaliação - 8/10

O que significa ser um Deus ? Esse é o tema central de Eternos da Marvel, e uma pergunta que o filme tenta sinceramente responder durante a maior parte de seu tempo de execução. Somos apresentados aos dez Eternos conforme eles chegam à Terra, 7.000 anos atrás para combater a ameaça Deviante. Após alguns acontecimentos, avançamos para os dias atuais, com Sersi (Gemma Chan), que serve como nosso guia para o resto do filme.

Ela está vivendo uma vida tranquila com seu namorado, Dane Whitman (Kit Harington) e a perpetuamente jovem Duende (Lia McHugh). As coisas estão indo muito bem até que uma nova e perigosa ameaça Deviante surge, trazendo o poderoso Ikaris (Richard Madden) de volta à mistura do enredo e coloca a história em movimento. A partir daí, o filme salta entre o passado e o presente, onde Sersi tenta desvendar o mistério por trás dessa ameaça ressurgida, bem como o verdadeiro propósito de seu povo.

Os flashbacks, que nos levam a diferentes momentos da história humana, nos permitem conhecer melhor os diferentes Eternos, já que muitos deles não entram na história atual até o final do segundo ato, e aprendemos mais sobre os eventos que levaram a equipe a se separar. A causa raiz do problema é que os Eternos foram ordenados pelos Celestiais, por meio de seu líder Ajak (Salma Hayek), para lutar apenas contra Deviantes e nunca interferir na evolução humana, permitindo que eles se desenvolvessem por conta própria. Claro, isso é muito mais fácil dizer do que fazer quando os humanos constantemente provam ser seus próprios piores inimigos. A equipe sabe que tem a capacidade de prevenir tanta dor e sofrimento, mas simplesmente não pode se envolver porque foi instruída por seu próprio Deus, o Celestial Arishem, o que é no mínimo frustrante, especialmente para alguém com poderes como Druig (Barry Keoghan). Então, quando todos eles acreditam que a ameaça Deviante foi derrotada, eles decidem seguir caminhos separados e viver entre aqueles que juraram não proteger.

Divulgação | Marvel Studios

No que diz respeito a visuais impressionantes e personagens cativantes, o filme atende em ambas as frentes. Chloé Zhao sacrifica muito da "fórmula Marvel" por repetidas exposições dramáticas, com a aparente intenção de atrair um público diferente do que aos fãs de quadrinhos em geral. Para ser justo, Chloé Zhao consegue se desvincular quase de forma completa do estilo da Marvel, e o resultado é um filme muito ambicioso com uma abordagem única dentro do Universo Cinematógrafico. 

Nunca parece que ela está particularmente interessada nos outros filme do UCM ou em contar outra história cheia de clichês sobre super-heróis, e seus instintos naturais parecem inclinar-se para explorar o que realmente significa ser um Deus. Este não é um espetáculo de ação de grande orçamento, apesar do que os trailers podem fazer você acreditar - é muito mais um drama familiar de alto perfil sobre esses seres "imortais" tendo uma crise existencial de séculos e finalmente encontrando seu lugar em um mundo de mortais. 

Comparado com os filmes anteriores da Marvel, Eternos é, na verdade, relativamente leve em qualquer cena de ação significativa. Embora todos eles tenham habilidades, apenas metade dos Eternos são realmente guerreiros, e a maioria das batalhas entre os Eternos e os Deviantes se passam no passado. O final aumenta um pouco as expectativas, e há uma grande sequência de ação para fechar o filme com algumas reviravoltas, mas provavelmente se você espera ação em escala épica, vai se decepcionar.

O elenco está muito bem, Thena (Angelina Jolie) facilmente consegue o arco mais interessante do filme. Ela é a Deusa da guerra, mas está sofrendo de uma doença mental degenerativa que a faz entrar em episódios maníacos em que não consegue distinguir seus amigos de seus inimigos, resultando no ataque a qualquer um que cruze seu caminho. Na verdade, é bastante trágico, e Angelina Jolie a interpreta lindamente, trazendo-nos uma super-heróina diferente de tudo que vimos antes - uma que adora lutar, mas tem que escolher não fazê-lo porque ela poderia machucar aqueles que ama. Jolie também parece estar se divertindo muito no UCM, e Chloé Zhao a recompensa com um final épico. O resto do elenco, brilha em momentos emocionais. Infelizmente, são os protagonistas Sersi e Ikaris que provam ser os menos atraentes do grupo, porque nunca recebem nada de interessante para fazer, exceto seguir em frente.

O filme possui duas cenas pós-créditos que são importantes para o futuro do Universo Cinematógrafico da Marvel.

"Eternos" estreia nos cinemas no próximo dia 4 de novembro.

Comentários

  1. Quem faz esses elogios, desconhece a verdadeira origem dos eternos, o filme é um insulto, uma merda, gastei dinheiro a toa.....

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