Crítica | Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis - Um espetáculo inteiramente satisfatório naquilo que se propõe.


Divulgação | Marvel Studios

TítuloShang-Chi and the Legend of the Ten Rings (Original)
Ano produção2019
Dirigido porDestin Cretton
Estreia
2 de setembro 2021 (Brasil)
Duração134 minutos
Classificação12 - Não recomendado para menores de 12 anos
Gênero
Ação - Aventura - Fantasia
País de Origem
Estados Unidos
Sinopse

Em Shang-Chi e a Lenda dos Dez Aneis, Shang-Chi é um jovem chinês criado por seu pai em reclusão, sendo treinado em artes marciais. Quando ele tem a chance de entrar em contato com o resto do mundo, logo percebe que seu pai não é o humanitário que dizia ser, vendo-se obrigado a se rebelar.

• Por Alisson Santos 
• Avaliação - 8/10

Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis é mais um filme do Universo Cinematográfico Marvel. É dirigido por Destin Daniel Cretton e escrito por Cretton, Andrew Lanham com Dave Callaham. Shang-Chi (Simu Liu) foi treinado para ser um assassino por seu pai Wenwu (Tony Leung Chiu-wai), mais conhecido como Mandarim. Wenwu lidera a organização conhecida como os Dez Anéis, em homenagem aos objetos místicos que ele usa e que lhe concedem poderes sobre-humanos e imortalidade. Shang escapa dos Dez Anéis e tenta viver uma vida normal em San Francisco, mas depois de receber um cartão postal de sua irmã Xialing (Meng'er Zhang) ele confronta os Dez Anéis ao lado de sua amiga Katy (Awkwafina).

As origens deste filme estão fortemente ligadas às do próprio Marvel Studios, já que foi um dos dez projetos originais em desenvolvimento quando o estúdio foi formado. Os Dez Anéis também tiveram um grande impacto no UCM, já que estavam ligados à origem de Tony Stark como Homem de Ferro. Apesar de suas origens, Shang-Chi é principalmente uma imagem autônoma - tudo que você precisa saber é fornecido a você no próprio filme, incluindo a mitologia e premissas gerais. Embora eu goste de muitos filmes da Marvel, é bom ver a jornada de um novo personagem e explorar um novo aspecto desse universo rico e em constante crescimento.

Grande parte do que faz o filme funcionar é a atuação de Liu como personagem principal. Quando conhecemos Shang, ele parece um pouco preguiçoso: trabalha como manobrista e prefere passar as noites cantando em bares de karaokê. No entanto, conforme o filme se desenrola e mais do passado de Shang é revelado, sua atração por esse estilo de vida e o ressentimento fervoroso de seu pai tornam-se claros. Este filme explora profundamente a relação fragmentada entre pai e filho e atingirá o coração do público. O diretor adquiriu o hábito de criar protagonistas complexos em seus trabalhos anteriores Temporário 12 e Luta por Justiça, o mesmo aspecto permite a ele fundamentar uma história que consegue aprofundar de forma sublime todas nuances de Shang-Chi.

Divulgação | Marvel Studios

Liu também tem uma química imensa com o resto do elenco, incluindo uma dinâmica com Katy de Awkwafina que leva a alguns momentos genuinamente hilários. Os objetivos de Mandarim não são tão amplos quanto conquistar o mundo ou eliminar metade do universo; ele só quer reunir sua família por todos os meios necessários e alcançar seu objetivo criar uma cunha entre ele e seu filho.

Não seria um filme Shang-Chi sem as artes marciais e este filme é absolutamente perfeito quando se trata de sequências de luta. Da primeira sequência, onde Shang confronta um esquadrão de mercenários dos Dez Anéis liderados pelo Punho de Navalha (Florian Munteanu) em sua viagem de ônibus para o trabalho, até a luta final entre Shang e Mandarim, a ação é envolvente e isso foi definitivamente uma delícia após a decepção que eu tive com Snake-Eyes; se o seu personagem é hábil em artes marciais, devemos ser capazes de ver suas habilidades na tela. Os aficionados das artes marciais também serão capazes de identificar as influências que permeiam este filme, desde o trabalho de Jackie Chan até O Tigre e o Dragão. O terceiro ato também incorpora criaturas mitológicas e armas mágicas, que se encaixam na vibe que o filme busca.

Em última análise, Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis não parece um filme típico da Marvel devido ao fato de ter uma história de fundo muito mais desenvolvida do que muitos dos outros vinte e quatro filmes do UCM. Os aspectos culturais o tornam mais tradicional e palatável. A coreografia de artes marciais oferece algumas das melhores sequências de luta que já vi em um filme e os atores e a equipe de dublês devem ser elogiados por entregar um produto de qualidade.

"Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis" estreia nos cinemas no próximo dia 2 de setembro.

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