Crítica | Sem Remorso - Michael B. Jordan tira o melhor proveito de um roteiro um tanto problemático.
 |
| Divulgação|Amazon Prime Video |
| Título | Without Remorse (Original) |
|---|---|
| Ano produção | 2019 |
| Dirigido por | Stefano Sollima |
| Estreia | 30 de abril de 2021 (Brasil) |
| Duração | 110 minutos |
| Classificação | 16 - Não recomendado para menores de 16 anos |
| Gênero | |
| País de Origem | Estados Unidos |
Sinopse
O filme conta a história da origem do herói John Clark – um dos personagens mais populares do universo Jack Ryan, criado pelo autor Tom Clancy. Quando um esquadrão de soldados russos mata sua família em retaliação ao seu papel em uma operação ultrassecreta, o chefe de operações John Kelly (Michael B. Jordan) persegue os assassinos a todo custo. Unindo forças com uma companheira da marinha (Jodie Turner-Smith) e um misterioso agente da CIA (Jamie Bell), a missão de Kelly involuntariamente expõe uma conspiração secreta que ameaça envolver os EUA e a Rússia em uma grande guerra. Dividido entre a honra pessoal e a lealdade ao seu país, Kelly deve lutar sem nenhum remorso contra seus inimigos se quiser evitar um desastre e expor as figuras poderosas por trás da conspiração.
• Por Alisson Santos
• Avaliação - 6/10
Sem remorso de Tom Clancy tem um roteiro estranhamente misturado. Isso não quer dizer que o filme não tenha seus méritos. Apesar de serem prejudicados por um roteiro bem gasto e humor abertamente sombrio, os atores se saem bem. Michael B. Jordan é uma fera neste papel, com seu físico descomunal e destreza atlética provando ser formidável em todas as cenas. Ele projeta uma intensidade que é construída sobre o clichê exagerado, mas o ator a vende como real e consumidora. Sua raiva está sempre sob a superfície, mal contida enquanto ele executa as tarefas de despachar seus inimigos com incrível precisão. Nas mãos de Jordan, Kelly parece uma mistura de John Wick e Justiceiro da Marvel - uma força absoluta da natureza que é cativante de assistir.
O filme realmente se destaca em suas cenas de ação. A marca Tom Clancy foi fixada em videogames com tema militar por décadas, e muitas das peças definidas dinâmicas em Sem Remorso parecem inspiradas pelas cutscenes tensas e níveis desafiadores desses jogos. O diretor habilmente estabelece a geografia das lutas, só perdendo esse fio quando os próprios soldados não têm certeza de onde seus inimigos estão atirando. Existem momentos de corte rápido entre as batidas de ação, mas nunca parece gratuito ou distrativo, em vez disso espelhando o caos frenético do momento. As melhores lutas e acrobacias não são tão impressionantes tecnicamente quanto os tiroteios em grande escala, mas há momentos menores em que Jordan enfrenta vários adversários sozinho ou tem que realizar alguma tarefa assustadora sozinho.
O filme realmente se destaca em suas cenas de ação. A marca Tom Clancy foi fixada em videogames com tema militar por décadas, e muitas das peças definidas dinâmicas em Sem Remorso parecem inspiradas pelas cutscenes tensas e níveis desafiadores desses jogos. O diretor habilmente estabelece a geografia das lutas, só perdendo esse fio quando os próprios soldados não têm certeza de onde seus inimigos estão atirando. Existem momentos de corte rápido entre as batidas de ação, mas nunca parece gratuito ou distrativo, em vez disso espelhando o caos frenético do momento. As melhores lutas e acrobacias não são tão impressionantes tecnicamente quanto os tiroteios em grande escala, mas há momentos menores em que Jordan enfrenta vários adversários sozinho ou tem que realizar alguma tarefa assustadora sozinho.
 |
| Divulgação|Amazon Prime Video |
Sem remorso ocasionalmente agarra a oportunidade de discutir temas sócio-políticos que parecem surpreendentemente relevantes. Um momento de destaque entre Michael B. Jordan e Turner-Smith mostra o monólogo da estrela de Credd e de Pantera Negra sobre como a dupla "serviu a um país que não nos amava de volta" e que eles "lutaram pelo que a América poderia ser" após serem injustamente presos. Nesses momentos, o roteiro de Tyler Sheridan e Will Staples parece muito oportuno, ajudando a aterrar John Kelly firmemente no presente, enquanto o livro de Tom Clancy de 1993 em que o filme se baseia é muito, muito diferente. (A história original mostra John na década de 1970 buscando vingança pela morte de uma prostituta nas mãos de uma gangue de traficantes de drogas com ligações com o Vietnã, em vez de uma conspiração nefasta envolvendo a Rússia.)
Mas tirando esse breve momento, não há nada surpreendente no roteiro. No entanto, o espetáculo das elaboradas sequências de ação, a dedicação dos atores e a impressionante combinação de precisão e brutalidade tornam “Sem Remorso” bastante divertido. Só podemos esperar que, se o filme tiver uma sequência, o próximo filme acabe com os diálogos antiquados e a mecânica do enredo em favor de se concentrar nos personagens e na ação que tornam este filme tão atraente.
Mas tirando esse breve momento, não há nada surpreendente no roteiro. No entanto, o espetáculo das elaboradas sequências de ação, a dedicação dos atores e a impressionante combinação de precisão e brutalidade tornam “Sem Remorso” bastante divertido. Só podemos esperar que, se o filme tiver uma sequência, o próximo filme acabe com os diálogos antiquados e a mecânica do enredo em favor de se concentrar nos personagens e na ação que tornam este filme tão atraente.
"Sem Remorso" chega ao catálogo do Amazon Prime Video no dia 30 de abril.
Comentários
Postar um comentário