Crítica | Godzilla vs Kong - Entrega carnificina, destruição e muita porrada.


Divulgação | Warner Bros

TítuloGodzilla vs. Kong (Original)
Ano produção2020
Dirigido porAdam Wingard
Estreia
29 de abril de 2021 (Brasil)
Duração113 minutos
Classificação12 - Não recomendado para menores de 12 anos
Gênero
Ação Aventura
País de Origem
Estados Unidos 
Sinopse

As lendas colidem enquanto Godzilla e Kong, as duas forças mais poderosas da natureza, se enfrentam na tela grande em uma batalha espetacular ao longo dos tempos. À medida que a Monarch embarca em uma missão perigosa em um terreno desconhecido, descobrindo pistas das próprias origens dos Titãs, uma conspiração humana ameaça tirar as criaturas, boas e más, da face da Terra para sempre.

• Por Alisson Santos 
• Avaliação - 8/10

Não há como você assistir a um filme como este em sua casa. Não importa quão bom seja seu sistema de som, quão grande seja sua TV, quantos pixels ela tem. Nada disso importa. Godzilla vs Kong é um filme feito para os cinemas. É para ser apreciado em uma noite de sábado com um saco grande de pipoca no colo, cercado por um grande número de pessoas, todas elas tendo a mesma experiência de ver monstros se espancando. 

Um filme como Godzilla vs Kong serve apenas como um doloroso lembrete do que todos nós estamos perdendo e como, em última análise, a experiência em casa é inferior. Não é apenas o tamanho da tela, mas a sensação de experiência em conjunto. Todos viram a mesma loucura que você acabou de ver, e todos - mais ou menos - sentem a mesma empolgação. Todos nós nos divertimos com isso. Assistir em um sofá simplesmente não resolve. Mas temos que entender a situação que vivemos e assistir em casa é o melhor que temos atualmente.

Divulgação | Warner Bros

Como era de se esperar, riscos emocionais e performances dramáticas não devem ser discutidos em um filme como este. Rebecca Hall, Alexander Skarsgard, Brian Tyree Henry - todos são atores excelentes e competentes, que podem e frequentemente atuar em filmes intrigantes e com nuances excepcionais. Aqui, no entanto, Adam Wingard os marginaliza para tarefas de exposição e salva os grandes e espalhafatosos momentos para Godzilla e Kong batalhando. Comparando com os filmes anteriores, desta vez parece que há uma sensação real de envolvimento com o ridículo ao invés de tentar lutar contra ele. Afinal, é Godzilla e Kong saindo na porrada em Hong Kong, onde cada edifício é revestido com luzes de néon. O filme é espetáculo visual. Mesmo com a trama humana ainda me causando certo incômodo em alguns momentos.

Adam Wingard, que já dirigiu filme cult, sabe como controlar e bloquear uma sequência de luta e quando puxá-la para trás e deixar a poeira assentar - neste caso, literalmente poeira de todos os edifícios que foram destruídos. 

Godzilla vs Kong é um filme que é, em última análise, é um espetáculo divertido. Você vai assistir, vai se divertir, vai se levantar e continuar o seu dia e nunca mais vai pensar nisso. Quando você está assistindo, porém, você está nele. Não vai ficar com você por dias. Não é uma oração silenciosa de um filme, confrontando dilemas sociais com atuações exigentes. O roteiro é simplório, mas é um grande UFC de monstros e não pode ser as duas coisas, nem deveria ser.

Godzilla vs Kong estreia no Brasil em 6 de maio de 2021.

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