Crítica | A Corrida Mais Difícil Do Mundo: Eco-Challenge Fiji (2020)

Divulgação | Amazon Studios

• Por Alisson Santos

Existem títulos absurdos como a corrida mais difícil do mundo: Eco-Challenge Fiji , que quase soa como uma piada. Mas não há nada engraçado sobre essa série/competição de dez episódios agora enfeitando o catálogo do Amazon Prime Video, no qual mais de trezentos atletas (incluindo brasileiros) esperançosos exploram a paisagem de Fiji correndo por ela com um grande custo para seu bem-estar físico e mental.

Esse título que soa bobo, mas, parece preciso o suficiente para mim - se esta não for a corrida mais difícil do mundo, eu ficaria fascinado em ver qual é. É certamente difícil manter o espectador envolvido em todas as características típicas dessas competições ao ar livre baseadas em equipes, incluindo muitas cenas dramáticas em câmera lenta e chamadas fechadas.

Dado que a corrida em si é um pesadelo, ajuda que o formato seja bastante simplista. Equipes de cinco, uma das quais fica no acampamento, e aqui estão vários pontos de verificação que cada equipe deve passar dentro do tempo determinado. Aqui está a interminável e variada topografia de Fiji, e aqui estão alguns medalhões que precisam ser coletados para adicionar um tempero a mais. Boa sorte, diz o programa, e tente não desmaiar e morrer. É isso mesmo.

Divulgação | Amazon Studios

Mas então há o elemento humano a considerar. Com uma tarefa tão árdua pela frente, é fácil esquecer que essas são pessoas aparentemente normais, e apesar de um foco um pouco desequilibrado no início, a corrida mais difícil do mundo: Eco-Challenge Fiji faz um bom trabalho em fazer o embate de diferentes concorrentes e seus acompanhantes, com cenas frequentemente trágicas, geralmente com histórias inspiradoras de fundo. À medida que as equipes se espalham mais e os competidores legítimos começam a surgir, é fácil conhecer essas pessoas e desejar-lhes o bem, especialmente porque sua habilidade de simplesmente cruzar a linha de chegada, quanto mais vencer, sempre parece em questão.

Com tantos competidores, equipes e histórias, a enormidade e variedade da corrida em si se refletem na escala de cada tomada de decisão, com helicópteros necessários para estabelecer planos apenas para ter uma noção da geografia. Às vezes, o programa não faz um bom trabalho de navegação por todo aquele espaço, especialmente em termos da posição das pessoas nele em relação ao objetivo, embora talvez isso seja parte do ponto. Com tanto terreno a percorrer e tantas disciplinas diferentes necessárias para percorrê-lo, você está fadado a se perder. Mas aqui está um reality show que realmente se revela em ser um ótimo entretenimento. É um caso envolvente e frequentemente emocionante, e seu título que parece bobo, pode muito bem ser preciso. Esta é, provavelmente, a corrida mais difícil do mundo. Só não me peça para participar.

NOTA - 8