Crítica | Duna: A Profecia - Episódio final

Divulgação | Max
TítuloDune: Prophecy (Título original)
Ano produção2023
Dirigido porAlison Schapker 
Estreia
17 de novembro de 2024 (Mundial)
Duração 6 Episódios
Classificação16 - Não recomendado para menores de 16 anos
Gênero
Ficção Científica - Fantasia 
País de Origem
Estados Unidos 
Sinopse

Na série, em um futuro distante, o universo é governado por um império intergaláctico feudal em constante expansão, e cada feudo é controlado por uma Casa Nobre. Em meio a toda essa organização, surge a Bene Gesserit, um grupo misterioso de mulheres, com extraordinário domínio do corpo e da mente.

• Por Alisson Santos 
• Avaliação final - 7/10

A boa notícia para os fãs de "Duna: A Profecia" é que a HBO já confirmou uma nova temporada, o que faz sentido, considerando que a primeira deixou muitos mistérios em aberto e uma história rica a ser explorada. Com o encerramento dos seis episódios iniciais, a trama termina com mudanças drásticas tanto na Irmandade quanto na Casa Corrino, criando expectativas e perguntas intrigantes: o que nos aguarda na próxima etapa?

O clímax da temporada ocorre no sexto episódio, onde os planos meticulosamente elaborados por Valya (Emily Watson) e Tula Harkonnen (Olivia Williams) são postos à prova. Esse episódio intenso é repleto de traições, segredos revelados e descobertas que levam diversos personagens a confrontarem a verdade sobre suas próprias vidas. Um dos momentos mais marcantes envolve o Imperador Javicco Corrino (Mark Strong), que finalmente percebe ser apenas um peão em um jogo maior. Paralelamente, a Irmã Lila (Chloe Lea) abre os olhos de suas companheiras acólitas, expondo as reais intenções das irmãs Harkonnen. 

O episódio final também resgata elementos do início da temporada, revisitando eventos que moldaram as jovens Valya (Jessica Barden), Tula (Emma Canning), Francesca (Charithra Chandran) e Kasha (Yerin Ha). Sob a direção de Anna Foerster, o capítulo reforça a ideia de que as Harkonnens estão engajadas em um elaborado jogo de xadrez político, com ambições de dominar o Império. No entanto, nem tudo ocorre conforme o esperado, e os criadores mostram como os planos chegam perigosamente perto do colapso, especialmente com a ameaça de um novo vírus e o papel decisivo de Desmond Hart (Travis Kimmel). 

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O episódio oferece situações de alta tensão, permitindo que o elenco brilhe. Um destaque é Tabu, estrela de Bollywood, que interpreta a Irmã Francesca. Introduzida tardiamente, no quinto episódio, sua personagem ganha relevância significativa ao influenciar dinâmicas dentro da Casa Corrino. Tabu entrega uma performance convincente, revelando nuances de Francesca, particularmente em sua interação com Javicco. As atrizes que interpretam as jovens Harkonnens impressionam novamente, enquanto Emily Watson e Olivia Williams continuam a dar profundidade às suas versões adultas.

Além disso, o episódio expande a narrativa ao abordar a revolta da Princesa Ynez (Sarah-Sofie Boussnina) contra sua família, numa tentativa de poupar o rebelde Keiran Atreides (Chris Mason). Porém, um dos maiores mistérios deixados em aberto é o da enigmática “mão oculta” que parece manipular os eventos da série. Conectada ao passado de Desmond e possuindo uma misteriosa máquina pensante, e claramente possuindo ligações com a Bene Gesserit, mas os detalhes permanecem obscuros. Embora a resposta não demore 10.000 anos, a espera pela próxima temporada promete ser angustiante.

No geral, a primeira temporada de "Duna: A Profecia" foi uma experiência envolvente, mesmo com seus tropeços. Inicialmente planejada para ser mais longa, sofreu cortes devido à greve, o que resultou em um ritmo ocasionalmente apressado. Ainda assim, entregou momentos memoráveis, especialmente no terceiro episódio, que mergulhou mais profundamente na história de alguns personagens, apontando para um futuro promissor caso as próximas temporadas optem por explorar tramas com mais calma e detalhes.

O último episódio da primeira temporada de "Duna: A Profecia", já está disponível na Max.

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